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Covid-19: Correios de Moçambique acumulam 317 mil euros em prejuízos

LUSA
18-03-2020 11:54h

Os Correios de Moçambique acumularam neste ano 349 mil dólares (317 mil euros) de prejuízo em resultado da eclosão da Covid-19, anunciou o presidente do conselho de administração da empresa, Valdemar Jessen.

"Fazendo uma comparação em relação ao período homólogo do ano passado, teríamos já recebido cerca de 100 toneladas entre janeiro e março, mas neste momento estamos com cerca de 20 toneladas, o que é sintomático para a situação da empresa", disse Valdemar Jessen, citado hoje pelo jornal Notícias.

As encomendas são a principal fonte de rendimento dos Correios de Moçambique e a China, onde o Covid-19 eclodiu, é o principal fornecedor de produtos que são transportados pela empresa para vários pontos do país.

"A empresa está a ficar bastante afetada", frisou Valdemar Jessen, acrescentando que a companhia já ativou um plano de contingência, que, no entanto, só poderá assegurar as atividades por, pelo menos, três meses.

Os Correios de Moçambique atravessavam antes mesmo da eclosão da Covid-19 um período mau, com a diminuição de clientes devido ao surgimento de novas empresas do ramo.

Em abril do ano passado, o presidente daquela empresa pública anunciou que a companhia devia mais de 50 milhões de meticais (687 mil euros) a funcionários e a direção ponderava diminuir parte dos trabalhadores, após manifestações de trabalhadores devido a atrasos salariais.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 já infetou mais de 189 mil pessoas a nível mundial, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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