A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que a reunião de quinta-feira com a Associação dos Médicos Prestadores de Serviços (AMPS) será sobretudo para ouvir e que ainda não sabe o que vai dizer.
“Amanhã [quinta-feira] não sei o que vou dizer na reunião, vou ouvir acima de tudo, porque eu acho que a reunião de amanhã é para ouvir. Nós precisamos de ouvir. (…) É isso que eu vou fazer amanhã, acima de tudo, é ouvir”, disse a governante a jornalistas no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Insa), em Lisboa, à margem do encontro “SAÚDE nos JUNTA”, sobre o fortalecimento dos sistemas de saúde, particularmente nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
“Nós estamos sempre abertos ao diálogo, não podemos não estar. O diálogo é isso mesmo, é diálogo”, sublinhou.
A ministra da Saúde vai reunir-se na manhã de quinta-feira com recém-criada AMPS para discutir o diploma do Governo que prevê baixar o valor pago à hora.
A governante voltou a defender a criação de um modelo de contratação mais previsível e uniforme para médicos que trabalham em regime de prestação de serviços, sublinhando que a medida é essencial para garantir a continuidade dos cuidados e a qualidade da assistência.
De acordo com a ministra da Saúde, os médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não devem sentir “uma discriminação negativa” em relação aos tarefeiros.
“Vêm trabalhar ombro a ombro. São colegas. Isso é muito importante. E (…) é muito relevante entusiasmar aqueles que hoje trabalham num regime de prestação de serviços e pelo menos que alguns deles se motivem a entrar no SNS e a tornarem-se parte das equipas”, realçou.
Ana Paula Martins acrescentou que “é fundamental que isso aconteça sob o ponto de vista da qualidade da assistência médica”
A ministra destacou ainda a necessidade de disciplina e uniformidade entre as unidades locais de saúde (ULS).