Em resposta escrita enviada à Lusa, a câmara acrescenta que a Unidade Local de Saúde de Barcelos/Esposende está a preparar uma contraproposta para apresentar em sede de consulta pública daquela proposta, visando manter o Hospital de Barcelos como hospital de nível 1b, com consulta de pediatria geral e consulta de neurodesenvolvimento básico, atividade programada em ambulatório, serviço de urgência pediátrica, internamento de curta duração e internamento de pediatria geral.

“Essa contraproposta visa, sobretudo, permitir o funcionamento do Serviço de Urgência Pediátrica durante 24 horas por dia”, sublinha.

A proposta de Rede de Referenciação Hospitalar em Pediatria, em consulta pública até 10 de novembro, preconiza a redução do serviço de pediatria do Hospital de Barcelos para o nível básico 1a, eliminando assim as urgências e internamentos e ficando apenas disponível o atendimento diurno de consultas de pediatria geral e ambulatório previamente agendados.

Na resposta enviada à Lusa, o município de Barcelos diz que “tem a esperança” de que o Ministério da Saúde aceite a contraproposta da Unidade Local de Saúde e garante que “tudo fará para que não se verifique o encerramento de qualquer valência”.

O eventual esvaziamento da Pediatria do Hospital de Barcelos já foi criticado pelo PCP e pelo Livre, que consideram que a medida representaria uma “visão centralizadora e economicista da saúde”, contrária aos princípios de equidade e de justiça territorial que devem orientar o Serviço Nacional de Saúde.

Falam num retrocesso político e social e num ataque a qualquer política de natalidade e de acesso à saúde de qualidade no território.

Sublinham que estranham que aquela seja a única ULS a ficar sem competências médicas pediátricas na região norte, quando serve uma população de cerca de 152 mil pessoas nos concelhos de Barcelos e Esposende, das quaisaproximadamente 20 mil são utentes de pediatria.

A Lusa também contactou a Unidade Local de Saúde Barcelos/Esposende, mas ainda não obteve qualquer reação.