O ministro da Educação, Ciência e Inovação considerou hoje que a aprovação do curso de Medicina da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é um passo importante, mas pediu que a universidade resolva a “crise institucional grave”.
Em declarações à margem de uma reunião negocial com duas estruturas sindicais que representam os professores, Fernando Alexandre, garantiu que, “da parte do Governo, haverá toda a disponibilidade para garantir os recursos orçamentais necessários ao funcionamento de um curso com esta importância e exigência em termos financeiros”.
No entanto, adiantou o ministro, “é muito importante que a instituição reúna também as condições para isso”. Sem conselho geral completo, como acontece neste momento, existe “uma crise institucional grave”.
“Determinei a realização de eleições, porque, sem isso, o curso de medicina não vai poder funcionar em 26/27”, acrescentou Fernando Alexandre.
Para o ministro da Educação, Ciência e Inovação, este curso “é um passo muito importante na formação na área da medicina” e é também uma forma de transformar a qualidade dos serviços de saúde na região.
O curso de Medicina da UTAD foi aprovado na quarta-feira pelo conselho de administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES).
O mestrado integrado em Medicina, que se quer criar em Vila Real, foi acreditado pela A3ES, por um período condicional de dois anos.
Em declarações à Lusa na quarta-feira, a vice-reitora para a Educação e Qualidade, Carla Amaral, afirmou que esta é uma “boa notícia” para a academia e para a região de Trás-os-Montes e adiantou que a UTAD “está muito comprometida” em que as vagas abram no ano letivo 2026/27.
O curso, criado em parceria com a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD), prevê a formação de 40 estudantes por ano.
O plano de estudos assenta o ensino em pequenos grupos, em casos clínicos e visa também a criação de um centro de simulação.
Para a implementação deste mestrado integrado, foi também preparado um sistema de transportes dos estudantes que irá ligar a universidade e a ULS, que agrega os hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego e 23 centros de saúde.