O deputado do PS Pedro do Carmo quer que o Governo explique por que razão a 2.ª fase de ampliação do hospital de Beja não surge no Orçamento do Estado (OE) para 2026, já aprovado na generalidade.
“É urgente e necessária uma justificação para esta situação”, até porque as “consequências são gravíssimas”, frisou o deputado do PS eleito por Beja, em comunicado divulgado hoje.
Segundo Pedro do Carmo, foi o Governo do PS que tomou a decisão, em 2023, de ampliar o Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, através de despacho.
No ano seguinte, reforçou, foram iniciados “todos os procedimentos para a sua concretização, contando com uma dotação financeira no Orçamento do Estado para 2025”.
Pedro do Carmo acusou agora o Governo da AD (PSD/CDS-PP) de “deixar cair” o projeto, argumentando que este não surge entre os investimentos previstos no OE para 2026.
“É com muita preocupação que recebo a notícia e é de extrema gravidade que o hospital de Beja não conste na proposta de OE para 2026”, lamentou o socialista.
No comunicado, Pedro do Carmo sustentou ainda que este é “o único dos investimentos que cai em igualdade de circunstâncias”, uma vez que “o hospital do Oeste – que ainda não tem local definido – ou os hospitais de Barcelos e do Algarve continuam a estar na proposta de OE”.
Em agosto de 2024, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) revelou à Lusa que a requalificação e ampliação do Hospital José Joaquim Fernandes tinha um custo previsto de 118 milhões de euros e que as obras poderiam começar no 2.º semestre de 2026.
Os dados constavam dos estudos técnicos de suporte ao projeto feito pela ULSBA, que gere o hospital.
A 14 de abril deste ano, a unidade local de saúde anunciou que o Governo já tinha assinado o despacho referente ao concurso de arquitetura, especialidades e empreitada para ampliar e requalificar o hospital de Beja.