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Cirurgias, consultas e exames aumentaram com hospital modular em Ponta Delgada

LUSA
15-05-2025 12:25h

O número de cirurgias, consultas e exames aumentaram no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, desde a abertura do hospital modular, informou hoje a secretária regional da Saúde e da Segurança Social, Mónica Seidi.

“O HDES tem vindo a recuperar a atividade assistencial de forma significativa. São bons exemplos disso a consulta externa, após a abertura do hospital modular, que aumentou a sua atividade em 11%, o número de exames realizados aumentou 31% e o número de cirurgias realizadas aumentou 25%”, explicou a governante, ouvida hoje na comissão parlamentar de inquérito ao HDES, reunida em Ponta Delgada.

A titular da pasta da Saúde nos Açores lembrou que o executivo açoriano de coligação (PSD, CDS-PP e PPM), decidiu investir “no futuro do HDES” e não em “remendos”, dando prioridade “à segurança dos utentes e dos profissionais de saúde”, razão pela qual decidiu investir no hospital modular e não em intervenções pontuais no edifício principal.

“Este foi o primeiro Governo Regional que concretizou no Hospital de Ponta Delgada uma ação planeada de modernização e substituição de equipamentos completamente obsoletos e com mais de 20 anos”, insistiu a governante, recordando que os equipamentos instalados no modular ascendem a 16 milhões de euros.

Segundo explicou, esses equipamentos irão transitar para o futuro HDES requalificado, alguns dos quais representam “um grande avanço tecnológico”, que até agora nunca foi realizado, como é o caso da ressonância magnética, com elevado grau de definição, ou o bloco operatório, que cumpre todos os requisitos exigidos.

“Foi preciso acontecer uma catástrofe para que o HDES tivesse um bloco operatório à altura dos desafios exigentes dos casos clínicos, que muitas vezes os cirurgiões têm entre mãos, aliados a equipamentos novos que requereram treino e adaptação aos mesmos, por quem os utiliza. Tudo isto foi acautelado pelo Governo Regional”, sublinhou Mónica Seidi.

A governante lembrou que um hospital “não é só betão”, e que, além da estrutura física, há também questões relacionadas com engenharia, com eletricidade, com questões de segurança contra incêndios ou outras especificidades técnicas que é necessário ter em conta, mas, sobretudo, questões de segurança.

“As decisões tomadas até agora tiveram, naturalmente, em conta estes dois lados: a parte técnica e a parte clínica, não havendo a menor dúvida que em situações de incerteza prevaleceu sempre a parte clínica”, assegurou Mónica Seidi, acrescentando que “tudo o que foi feito, foi feito com prudência, para que a segurança dos utentes e dos profissionais de saúde nunca fossem colocadas em causa”.

A secretária regional da Saúde e da Segurança Social disse ainda aos deputados que o Governo Regional “está fortemente empenhado” em desenvolver um “novo hospital” para Ponta Delgada, que irá depender da elaboração do futuro programa funcional.

“Deve, por isso, ser um documento o mais detalhado possível, obrigando a uma reflexão do hospital existente e o hospital que se pretende, e a forma como se vão atingir esses objetivos, tendo em vista uma unidade de saúde o mais eficiente, funcional e otimizada possível”, adiantou a governante.

Na seu entender, o novo HDES deverá ter, pelo menos, 12 salas de bloco operatório (em vez das atuais sete), não apenas dirigidas à atividade programada, mas também à cirurgia urgente e à cirurgia de ambulatório, e deverá ter também mais gabinetes de consulta externa, assim como postos de tratamento.

“É necessário conjugar todas estas opções, e escolher o que melhor se adequa à realidade do futuro HDES. Neste sentido, o Governo entende que este trabalho deve ser feito por uma comissão de acompanhamento, a ser nomeada pelo Conselho de Governo, e que agregue várias entidades”, esclareceu.

Mónica Seidi disse, também, que o bem-estar e a segurança dos utentes “estão acima da política e dos partidos”.

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