SAÚDE QUE SE VÊ

Apagão: Cerca de 80% da população com fornecimento de eletricidade - Luís Montenegro

LUSA
29-04-2025 00:48h

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, adiantou na segunda-feira à noite que está assegurado o fornecimento de energia a cerca de 80% da população, após o apagão maciço que afetou a Península Ibérica.

"Estará mais ou menos assegurada uma taxa de fornecimento a cerca de 80% da população", frisou Luís Montenegro aos jornalistas, à saída de uma visita à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa.

O governante apelou à população que ainda não têm energia elétrica nas suas casas a manterem a tranquilidade, destacando que "não faltará muito tempo" para verem a situação normalizada.

"Aos outros que estão com a situação normalizada, devem moderar os consumos, de maneira a não provocarmos nas próximas horas alguma oscilação que possa perturbar fornecimento de energia elétrica", acrescentou.

Luís Montenegro frisou que ainda não estava em condições de dizer que a situação está completamente restabelecida: "Temos que recuperar a normalidade com sentido de responsabilidade".

O chefe do Governo adiantou que o Conselho de Ministros terá nova reunião hoje (terça-feira) pelas 11:30, para nova atualização da situação.

O primeiro-ministro visitou a Maternidade Alfredo da Costa, numa reunião com os responsáveis para "ouvir de viva voz as reflexões que as pessoas tiraram no terreno", apontando para "alguma dificuldade acrescida no reabastecimento de alguns geradores em alguns hospitais", incluindo nesta maternidade.

"Tudo se resolveu de acordo com aquilo que estava a ser monitorizado com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), com a coloração das forças de segurança", garantiu.

Questionado sobre constrangimentos registados nas comunicações do INEM devido ao "apagão", Luís Montenegro frisou que o Governo ainda está a "apurar exatamente o que aconteceu".

"É provável que terá havido um período com maior dificuldade nas comunicações, não tenho ainda conclusões sobre tudo o que aconteceu, mas será certamente alvo de aprofundamento, vamos tirar todas as concussões do que correu bem e menos bem", sublinhou.

"Algumas pessoas que intervêm na esfera pública parece que desconhecem aquilo que foi o dia que passamos. Estivemos quase todos ou todos mesmo inibidos de comunicar por um período alargado, é uma situação que transforma as nossas rotinas, nomeadamente aqueles que têm grandes responsabilidades, os que prestam cuidados de saúde", acrescentou.

Sobre a reabertura das escolas, Montenegro apontou que da parte do Governo há o entendimento que estão "criadas as condições" para que o dia de hoje decorra com normalidade.

Mas lembrou que "há responsabilidades que dependem também das autarquias" e "decisões que competem às próprias escolas", destacando que cada caso terá que ser avaliado.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esteve durante toda a tarde de segunda-feira na sala de situação do INEM no Porto, onde acompanhou a situação do apagão e esteve sempre em contacto com as Unidades Locais de Saúde (ULS) e outras Unidades de Saúde, de acordo com uma nota do Ministério da Saúde enviada na segunda-feira à noite à Lusa.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou hoje, desde as 11:30, Portugal e Espanha, que continua sem ter explicação por parte das autoridades.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".

O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país.  

O operador de rede de distribuição de eletricidade E-Redes informou que até às 00:00 de hoje estavam ligadas parcialmente 424 subestações, alimentando cerca de 6,2 milhões de clientes, mas não consegue prever a reposição integral.

 

MAIS NOTÍCIAS