Cerca de 6 mil novos casos de chikungunya foram registados no espaço de uma semana na ilha francesa da Reunião, no Oceano Índico, uma subida de 40% face à semana anterior, anunciaram hoje as autoridades sanitárias.
Entre 17 e 23 de março, foram registados 5.832 casos, contra 4.156 na semana anterior, de acordo com o último boletim do serviço de saúde pública francês.
“Várias mortes estão atualmente a ser investigadas para saber se são atribuíveis ao chikungunya”, de acordo com o último boletim da Agência Nacional de Saúde Pública.
Desde o início da epidemia, em agosto de 2024, foram notificados 20.242 casos, a grande maioria desde janeiro de 2025.
“Até à data, foram notificados 31 casos graves, ou seja, com pelo menos uma falência de órgão”, refere a agência de saúde.
Simultaneamente, “a atividade hospitalar continua a aumentar”, com 129 doentes hospitalizados em pouco mais de 24 horas, segundo a Agência Regional de Saúde da Reunião (ARS), que sublinha que um quarto destes doentes tinha “menos de seis meses de idade e quase metade tinha mais de 65 anos”.
No início de março, a Autoridade Nacional de Saúde francesa recomendou que fosse dada prioridade à vacinação das pessoas com mais de 65 anos, dos adultos com comorbilidades (hipertensão arterial, diabetes, doenças cardiovasculares, etc.) e dos agentes de saúde no combate à doença.
De momento, o impacto da doença não se aproxima do da epidemia de 2005-2006, que afetou 260 mil pessoas, ou seja, um terço da população, e fez 225 mortos.
Os profissionais de saúde esperam que a epidemia atinja o seu pico entre meados e o final de abril.
A chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito tigre asiático (Aedes albopictus) que pode causar sintomas como febre, dores musculares, dores nas articulações e manchas vermelhas no corpo.