As autoridades de saúde moçambicanas anunciaram hoje o fim do surto de sarampo no país, após registo de 31 óbitos e quase 1.200 casos da doença desde julho.
“O país vinha enfrentando um surto de sarampo em várias regiões e é com satisfação que, no dia 16 de fevereiro de 2025, nós declarámos encerrado este surto”, disse Quinhas Fernandes, diretor nacional de Saúde Pública de Moçambique, durante uma conferência de imprensa, em Maputo.
O surto de sarampo foi declarado em 09 de julho de 2024 e matou pelo menos 31 pessoas, além de infetar outras 1.191, 341 das quais em Cabo Delgado, 428 em Niassa e 351 em Nampula, províncias do norte de Moçambique, e 29 na Zambézia e 42 em Sofala, no centro do país.
Do total de óbitos, 27 foram registados nas comunidades, tendo uma taxa de letalidade geral de 2,6%, avançou o responsável, apelando para o cumprimento do calendário de vacinação das crianças.
“Embora tenhamos encerrado o surto, é fundamental que as mães, os acompanhantes, os encarregados de educação, continuem a observar o calendário vacinal, levando as crianças para fazerem a vacina”, concluiu o diretor de Saúde Pública.
Na mesma conferência de imprensa, Quinhas Fernandes anunciou um surto de conjuntivite bacteriana que afeta, desde 16 de fevereiro, o distrito de Chiúre, província de Cabo Delgado, no norte do país, com o registo de um total de 1.108 casos, até quinta-feira.
Segundo o responsável, a conjuntivite bacteriana afeta maioritariamente menores de cinco anos, com um total de 608 doentes, o que corresponde a 55% do total de casos.
“O risco de alastramento para outros distritos é considerado moderado, dado a mobilidade populacional e por ser uma doença de fácil propagação”, acrescentou Fernandes, pedindo a tomada de medidas de prevenção da doença.