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PS critica Governo por demissões na ULS do Alentejo Central em Évora

Lusa
27-02-2025 11:18h

O PS atribuiu hoje a demissão do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alentejo Central (ULSAC) à “gestão inadequada e constrangimentos impostos” pelo Governo e avisou que atrasa “ainda mais” a construção do novo hospital.

Em comunicado publicado na rede social Facebook, a Federação Distrital de Évora do PS manifestou a sua “profunda preocupação com a recente demissão” do Conselho de Administração (CA) da ULSAC.

“Esta decisão, que resulta de uma gestão inadequada e de constrangimentos impostos pelo atual Governo, só vem atrasar ainda mais a conclusão das obras do Novo Hospital Central do Alentejo, uma infraestrutura de extrema importância e urgência para a população alentejana”, pode ler-se no comunicado do PS.

O CA da ULSAC anunciou na quarta-feira à noite, em comunicado, ter apresentado, nesse mesmo dia, a sua demissão em bloco ao Governo invocando divergências em relação à responsabilidade de construção do Novo Hospital Central do Alentejo (NHCA), em Évora.

A ULSAC, sediada em Évora, disse ter comunicado as demissões dos membros da administração aos ministros da Saúde e de Estado e das Finanças, Ana Paula Martins e Joaquim Miranda Sarmento, respetivamente.

O CA desta unidade local de saúde é presidido por Vítor Rui Gomes Fialho, com António Henrique Martins Guerreiro e Maria do Céu da Cruz Canhão como vogais executivos, enquanto Maria Rebocho é a diretora clínica, Nuno Jacinto é o diretor clínico para a Área dos Cuidados de Saúde Primários e José Chora é o enfermeiro diretor.

No comunicado, o CA esclareceu que a renúncia aos cargos “foi motivada, entre outras razões, pelo facto de [este órgão] não se rever na instrução contida” no despacho de 17 de fevereiro da secretária de Estado da Gestão da Saúde relativa à gestão da obra do NHCA.

Esta obra, “após mais de 40 meses de execução, está ainda longe do seu termo, quando estava prevista a sua realização em 30 meses e conclusão durante o ano 2024”, disse o órgão demissionário.

E “a sua previsível conclusão em 2026, ou mesmo 2027, carece de um modelo de gestão diferente do definido, caso contrário vai continuar a acumular custos e atrasos”, alertou.

O PS no distrito de Évora lembrou hoje que tem defendido “a necessidade de um hospital moderno e bem equipado para servir” a região e que lutou para esse objetivo, assim como “para a abertura do curso de Medicina e de outros cursos da área da Saúde na Universidade de Évora”.

“Com o desenvolvimento já adiantado destes marcos do PS, lamentamos profundamente que a ineficácia do Governo do PSD, e do ministério liderado por Ana Paula Martins, esteja a comprometer objetivos tão prioritários para o nosso território”, criticou.

No comunicado, os socialistas exigiram do Governo da AD (PSD/CDS-PP) a adoção de “medidas imediatas para resolver esta situação, garantindo a continuidade das obras e a conclusão do hospital no menor prazo possível”.

“A saúde dos nossos cidadãos não pode ficar refém de disputas políticas e de uma gestão ineficaz, quer do Governo central, quer da Câmara Municipal de Évora no que diz respeito às acessibilidades”, argumentou a federação socialista.

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