O Governo do Japão vai financiar com 72.300 euros a construção de um Centro de Saúde na Ilha de Idugo, na província moçambicana da Zambézia, para melhorar o acesso daquela população isolada a serviços médicos essenciais.
O investimento, através de um acordo assinado hoje em Maputo entre a Embaixada nipónica e a Fundação Zalala, insere-se no Programa de Assistência a Projetos Comunitários e Segurança Humana (APC) do Japão, que já em 2021 financiou a construção de uma maternidade naquela ilha, no distrito de Quelimane, cuja acessibilidade é limitada.
Segundo a Embaixada do Japão em Maputo, a decisão de apoiar com 78.900 dólares (72.300 euros) a construção do novo centro de saúde, que vai beneficiar 12.000 habitantes, prende-se com as dificuldades de acesso a cuidados de saúde numa zona “isolada por rios e com infraestruturas limitadas”.
A futura infraestrutura vai permitir “aumentar a capacidade de atendimento dos doentes em cerca de 60%, reduzir as longas filas de espera e a propagação de doenças contagiosas e potencialmente fatais, como o HIV, sífilis, disenteria, hipertensão e outras”.
"O projeto vai proporcionar um ambiente de saúde adequado, aumentar a capacidade de atendimento dos doentes e reduzir as longas filas de espera", afirmou o embaixador do Japão em Maputo, Hamada Keiji, na cerimónia de hoje.
A Fundação Zalala, entidade que vai executar o projeto, tem desenvolvido várias iniciativas no setor da saúde em Idugo, destacou o diplomata, ao justificar a escolha do parceiro.
"Este centro de saúde será um marco para a comunidade, permitindo um atendimento mais próximo e eficiente", disse.
A melhoria dos serviços de saúde é uma das prioridades da Política de Cooperação para o Desenvolvimento de Moçambique definida pelo Governo japonês.
O apoio a infraestruturas médicas integra-se numa estratégia mais ampla de assistência ao país, reforçando a parceria bilateral entre Moçambique e o Japão, sublinhou o embaixador.
"Esperamos que esta cooperação contribua para fortalecer as relações de amizade entre os nossos países", declarou.