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Médicos informam que Papa Francisco “não está fora de perigo”

LUSA
21-02-2025 17:51h

O Papa Francisco “não está fora de perigo” e deverá ficar internado por mais uma semana devido à infeção polimicrobiana e pneumonia que levaram ao internamento, segundo o boletim clínico do líder da Igreja Católica divulgado hoje.

À pergunta dos jornalistas, durante uma conferência de imprensa, sobre se o Papa estaria fora de perigo, um dos médicos, Sérgio Alfieri, respondeu: “não, o Papa não está fora de perigo”.

Francisco, de 88 anos, foi internado no hospital Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro, após vários dias de bronquite que acabou por evoluir para uma pneumonia bilateral.

Nas declarações à imprensa, os médicos que tratam o Papa afirmaram que, atualmente, “a sua vida não corre perigo”, que “está muito melhor do que quando chegou, o que não significa que esteja fora de perigo” e que Francisco “sabe que a sua situação é grave”.

Os médicos informaram ainda que o Papa permanecerá hospitalizado pelo menos durante toda a próxima semana até estar curado da pneumonia bilateral e poder continuar o tratamento na sua residência em Santa Marta, mas tal “vai demorar algum tempo”.

O Papa está a receber suplementos ocasionais de oxigénio e está a responder a uma terapia medicamentosa reforçada para a pneumonia, acrescentaram os médicos.

Os clínicos detalharam que Francisco sofre de bronquiectasias e de bronquite asmática crónica e que, por isso, é um “doente frágil” neste aspeto, mas que “não tem outras patologias” e que "tem um coração forte”, garantindo que “está a responder bem ao tratamento”.

Ainda hoje, relataram os médicos, o chefe da Igreja Católica foi rezar na capela do hospital e continua com o seu bom humor.

“Não é uma pessoa que desista”, acrescentou Luigi Carbone, o médico da Direção da Saúde do Vaticano responsável pela saúde do pontífice.

Foi ainda confirmado que o Papa não precisa de suporte de vida e que só lhe é dado oxigénio quando necessário e que come com apetite.

O Papa levanta-se e senta-se no sofá para trabalhar, mas não pode receber visitas, devido ao seu estado de saúde, acrescentaram.

Alfieri, responsável pela cirurgia no Gemelli e que já operou o Papa em ocasiões anteriores, assegurou que Francisco voltará à sua residência em Santa Marta para tratamento, mas advertiu que terá sempre o problema da bronquiectasia crónica, o que significa problemas respiratórios.

O maior perigo, explicou Alfieri, “é que um destes germes, ou bactérias, possa passar para o sangue e ocorrer uma sépsis” e depois “pode ser muito difícil de curar”, mas o Papa não regista esta situação e “alguns dos medicamentos foram mesmo reduzidos em comparação com a sua admissão”.

Desde a sua hospitalização, há uma semana, o estado clínico de Francisco foi descrito como “complexo” e exigiu uma terapia medicamentosa adicional.

No entanto, depois do boletim de terça-feira, que causou preocupação sobre o estado do pontífice ao revelar uma pneumonia bilateral, as últimas comunicações do Vaticano apontam para uma “ligeira melhoria”.

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