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Serviço Regional de Saúde dos Açores com “incremento muito significativo” em 2024 - Mónica Seidi

Lusa
21-02-2025 15:06h

A atividade assistencial do Serviço Regional de Saúde dos Açores registou em 2024 um “incremento muito significativo” na maior parte dos indicadores, apesar do incêndio que afetou o hospital de Ponta Delgada, disse hoje a tutela.

“Para mim é um enorme gosto poder dizer e olhar, por exemplo, para aquilo que é a atividade assistencial no ano de 2024, e perceber que houve um incremento muito significativo na maior parte dos indicadores de saúde”, disse a secretária regional da Saúde e da Segurança Social, Mónica Seidi.

A governante, que falava em Ponta Delgada, na sessão de encerramento do 9.º ‘workshop’ de boas práticas em saúde no Serviço Regional de Saúde (SRS), organizado pela Unidade de Saúde da Ilha de São Miguel, salientou que o trabalho alcançado se deve “sobretudo de quem está no terreno” nas nove ilhas do arquipélago.

Na análise dos resultados de 2024, Mónica Seidi salientou que foi “um ano muito bom” para o SRS e para os utentes.

“Pese embora tenhamos tido uma circunstância que naturalmente afetou toda a atividade, que foi o trágico incêndio do HDES [Hospital do Divino Espírito Santo]. Contudo, é para mim motivo de orgulho que o SRS, perante esta adversidade, e graças ao vosso trabalho, conseguiu reinventar-se, conseguiu reerguer-se e conseguiu continuar a prestar cuidados de saúde a uma população, não só de uma ilha, mas de uma região inteira”, afirmou durante o discurso dirigido a profissionais de saúde da região.

Como exemplo, Mónica Seidi referiu que aconteceram 380 deslocações de médicos especialistas às ilhas sem hospital e que a unidade de evacuações “também bateu recordes”, sem especificar dados.

Já em relação às consultas médicas, a governante revelou que em 2024 “foram realizadas 650.019 consultas nas unidades de saúde de ilha”.

“Isto representa um aumento de mais de 22 mil consultas face ao ano de 2023, portanto, um número bastante considerável”, admitiu.

Em relação aos hospitais, excluindo o Hospital do Divino Espírito Santo (em Ponta Delgada), a governante disse que tanto o Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, como o Hospital da Horta (ilha do Faial), “do ponto de vista de consultas e até de cirurgias realizadas, apresentaram números superiores àquilo que foi a atividade assistencial comparativamente ao ano de 2023”.

“E até o próprio HDES, que teve o infortúnio do incêndio, também será justo dizer que nos primeiros quatro meses do ano estava a ultrapassar aquilo que foi a atividade por períodos homólogos, comparativamente ao ano de 2023”, observou.

Assim, devido ao incêndio que atingiu o maior hospital dos Açores em 04 de maio de 2024, a titular da pasta da Saúde açoriana, anteviu que 2025 será um ano “em que a atividade do HDES voltará ou será superior àquilo que tinha sido projetado para 2023 e para 2024”.

Já do ponto de vista dos recursos humanos, embora reconhecendo que há instituições que necessitam de reforços, Mónica Seidi notou que desde que os governos da coligação PSD/CDS-PP/PPM tomaram posse, em 2020, “existem mais 347 profissionais no serviço regional de saúde”, o que “representa um aumento superior a 20%”.

Na sua intervenção, Mónica Seidi aludiu ainda à aplicação mySaúde Açores - apresentada em janeiro pelo Governo Regional -, que numa primeira fase se destina aos Cuidados de Saúde Primários, permitindo que o utente faça o pedido e a marcação de consultas, com possibilidade de ter teleconsulta, evitando deslocações desnecessárias aos centros de saúde.

A aplicação tem hoje mais de seis mil registos e, através dela, já foram pedidas mais de 500 consultas e efetuados 200 pedidos de renovação de receituários, adiantou.

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