SAÚDE QUE SE VÊ

PCP/Açores preocupado com “soluções precárias” na saúde na ilha do Corvo

Lusa
21-02-2025 11:22h

O coordenador do PCP/Açores, Marco Varela, mostrou-se ontem preocupado com as “situações precárias” no setor da saúde na ilha do Corvo, que visitou no âmbito do périplo que tem vindo a realizar na região.

Em declarações prestadas no final da visita, Marco Varela destacou o facto de se ter “encontrado uma solução para o diretor clínico e delegado de saúde pelo período de quatro meses”, mas que continua “sem perceber se esta solução estará em permanência na ilha”.

Em 28 de janeiro, o médico Paulo Margato foi impedido de acumular os cargos de delegado de saúde e diretor clínico na Unidade de Saúde do Corvo com as funções de deputado ao parlamento dos Açores, por serem consideradas incompatíveis.

Numa carta enviada ao parlamento, Paulo Margato indicou que uma eventual decisão que impedisse o exercício, em simultâneo, das funções de deputado regional e de delegado de saúde e diretor clínico, obrigá-lo-ia a abdicar das suas funções na área da saúde pública, para que não fosse posto em causa o seu “direito cívico” de exercer o mandato parlamentar.

Marco Varela sublinhou ainda o facto de não haver na ilha do Corvo dois médicos em permanência.

O Centro de Saúde do Corvo tem dois médicos especialistas em medicina geral e familiar, mas apenas um no quadro, já que o outro clínico não está na ilha a tempo inteiro.

A ilha do Corvo é a mais pequena dos Açores, possuindo 384 habitantes, segundo os Censos de 2021), sendo uma das seis ilhas da região sem hospital, mas possuindo um centro de saúde.

O dirigente comunista colheu também “algumas preocupações” em relação a obras inscritas no Plano e Orçamento dos Açores, a realizar no Corvo, não vendo "em termos de futuro próximo a sua concretização”, exemplificando com a aerogare da ilha.

MAIS NOTÍCIAS