O Hamas anunciou hoje que vai libertar sábado três reféns israelitas no âmbito do acordo de cessar-fogo com Israel.
Um deles será libertado pelas Brigadas Al-Quds, ‘braço armado’ do movimento Jihad Islâmica Palestiniana, aliado do Hamas, enquanto os restantes dois estavam nas mãos das Brigadas Ezzedine al-Qassam, o ‘braço armado’ do movimento islamita.
“Decidimos libertar um prisioneiro israelita”, disse o porta-voz das Abu Hamza, porta-voz das Brigadas al-Quds, num comunicado.
Num outro comunicado, as Brigadas Ezzedine al-Qassam confirmaram que sábado irão libertar dois reféns.
“No âmbito da troca de prisioneiros, as Brigadas al-Qassam decidiram libertar amanhã, sábado, os seguintes prisioneiros [reféns] israelitas”, refere uma mensagem difundida pelo seu porta-voz, Abu Obeida, na rede Telegram.
Segundo avança a agência noticiosa Associated Press (AP), Iair Horn, de 46 anos, Sagui Dekel Chen, 36, e Sasha Troufanov, 29, serão libertados após 498 dias de cativeiro no Hamas. Os três homens foram levados do mesmo kibutz duramente atingido a 07 de outubro de 2023.
O Fórum das Famílias dos Reféns declarou hoje, em comunicado, que saudava a “alegre notícia” da libertação dos três homens.
Desconhece-se, ainda, quantos prisioneiros serão libertados sábado por Israel.
A notícia foi dada depois de o Hamas ter dito, na quinta-feira, que iria libertar os próximos três reféns israelitas, tal como previsto para este fim de semana, em troca de prisioneiros palestinianos, aumentando a perspetiva de resolução de uma importante disputa sobre o cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Israel, com o apoio do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou que retomaria os combates se os reféns não forem libertados, mas não comentou imediatamente a declaração do Hamas.
O Hamas tinha dito que ia atrasar a libertação dos reféns porque Israel não estava a cumprir a sua parte do acordo de cessar-fogo.
O Hamas afirmou que Israel não estava a permitir a entrada em Gaza de abrigos, material médico, combustível e equipamento pesado suficientes para a remoção dos escombros, entre outras alegadas violações da trégua.
Desde o início do cessar-fogo, em 19 de janeiro, as duas partes procederam a cinco trocas de reféns, libertando 21 reféns e mais de 730 prisioneiros palestinianos durante a primeira fase das tréguas.
A guerra poderá recomeçar se não for alcançado um acordo sobre a segunda fase, mais complicada, que prevê o regresso de todos os reféns capturados no ataque do Hamas e uma prorrogação indefinida das tréguas.