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Chega/Açores questiona executivo sobre aparelho de Estimulação Magnética Transcraniana

LUSA
21-01-2025 13:45h

O grupo parlamentar do Chega/Açores questionou hoje o Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre o início do funcionamento do aparelho de Estimulação Magnética Transcraniana, para tratar os doentes da região com a doença Machado-Joseph.

“Há tratamentos inovadores que têm vindo a demonstrar melhorias em relação à doença Machado-Joseph, mas que ainda não se encontram disponíveis nos Açores, onde há uma grande incidência da doença, principalmente em São Miguel e nas Flores”, referiu o partido em comunicado hoje divulgado.

Segundo o Chega açoriano, o Governo Regional já adquiriu um aparelho de Estimulação Magnética Transcraniana, mas ainda não está em funcionamento, nem há previsões para que os médicos do Serviço Regional de Saúde (SRS) possam ter formação nesta área.

No requerimento enviado ao executivo de coligação, através do parlamento regional, o Chega questiona a razão pela qual o equipamento de Estimulação Magnética Transcraniana para a doença de Machado-Joseph ainda não estar a funcionar na região.

Os deputados querem ainda saber “porque ainda não foi estabelecida e divulgada uma calendarização de formação para os profissionais de saúde do SRS que irão operar o referido equipamento e quantos médicos, ou profissionais de saúde, terão formação específica para a utilização do aparelho”.

Os parlamentares do Chega/Açores também perguntam se está prevista “a mobilidade do equipamento entre as diferentes unidades de saúde das várias ilhas, de forma a facilitar o acesso aos doentes que não residem na ilha onde o aparelho se encontra”.

Caso tal mobilidade não seja possível, questionam sobre a estratégia delineada “para assegurar o encaminhamento e acesso dos doentes à Estimulação Magnética Transcraniana, tendo em conta as dificuldades de deslocação e os custos envolvidos”.

E, considerando o “caráter urgente e progressivo” da doença, sublinham que querem saber para quando está previsto o “início efetivo” dos tratamentos com Estimulação Magnética Transcraniana.

O deputado José Paulo Sousa, citado na nota, lembra que a doença de Machado-Joseph “implica um custo socioeconómico elevado, não só pela necessidade de cuidados de longa duração, mas também pela dificuldade de acesso a tratamentos diferenciados, especialmente em ilhas mais distantes, o que acarreta deslocações exaustivas e onerosas para doentes e famílias”.

Para o parlamentar, é “imprescindível que os profissionais de saúde do SRS recebam formação adequada, de modo a operar de forma segura e eficaz este equipamento, garantindo o melhor aproveitamento clínico e científico do mesmo”, para benefício de todos os doentes.

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