Mais de 7,64 milhões de passageiros passaram pelo Aeroporto Internacional de Macau (MIA) em 2024, o que corresponde a 79,5% do recorde de 2019, antes do início da pandemia, disse a companhia gestora.
Num comunicado divulgado segunda-feira, a CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau sublinhou que o número de passageiros aumentou 48,3% em comparação com o ano anterior.
Macau, que à semelhança da China seguiu durante quase três anos a política 'zero covid', reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, a partir de 08 de janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.
A empresa sublinhou que o aeroporto processou quase 60 mil voos de passageiros em 2024, mais 41,1% do que no ano passado e o equivalente a 77,3% do registado em 2019.
O aeroporto de Macau tem atualmente ligações operadas por 27 companhias aéreas para 41 destinos na China continental, Taiwan, Sudeste Asiático, Japão e Coreia do Sul, sublinhou a CAM.
A empresa prometeu, em conjunto com o Governo da região semiautónoma chinesa, "explorar mais mercados internacionais com companhias aéreas estrangeiras e locais, para promover (...) o desenvolvimento de rotas em 2025".
Em novembro de 2023, o então líder do Governo de Macau garantiu que o aeroporto iria lançar “mais voos internacionais diretos”, em ligação com as obras de aterro e ampliação da infraestrutura.
O aeroporto, atualmente com uma pista, tem capacidade para receber até 9,6 milhões de passageiros, mas a taxa de utilização é de “apenas 60%”, lamentou Ho Iat Seng.
“Espero que a Air Macau possa adquirir aviões maiores, para realizar voos de longo curso”, sublinhou o chefe do executivo, referindo-se à companhia aérea de bandeira do território.
Em junho de 2023, a diretora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, descreveu o lançamento de voos diretos entre Macau e Portugal como “um sonho”, mas lembrou também ser possível trabalhar com os aeroportos vizinhos de Hong Kong, Cantão e Shenzhen.
O Conselho de Estado, o executivo chinês, aprovou na segunda-feira a construção de um novo aeroporto internacional na província de Guangdong, que faz fronteira com Macau, para descongestionar o tráfego aéreo e tornar a região “num centro internacional de carga”.
A nova instalação vai servir as cidades a oeste de Cantão, a capital da província, desviando voos de três outros aeroportos da China continental, numa área de 55.800 quilómetros quadrados no Delta do Rio das Pérolas, que inclui também o centro tecnológico de Shenzhen.
O novo aeroporto deve entrar em funcionamento em 2028, prevendo-se que acrescente 30 milhões de viagens anuais, até 2035, e duplique esse fluxo até 2050, de acordo com um comunicado do governo da província.