Quatro mulheres com idades entre 45 e 75 anos e um menino de 9 anos são as vítimas mortais do ataque ao mercado de Natal na Alemanha na sexta-feira, anunciou hoje a polícia de Magdeburgo.
As autoridades contabilizaram ainda 200 feridos, incluindo 41 em estado grave.
Os feridos foram transportados para vários hospitais em Magdeburgo, cidade que fica a cerca de 130 quilómetros a oeste de Berlim, e noutros locais.
As autoridades identificaram o suspeito do atentado de Magdeburgo como sendo um médico saudita que chegou à Alemanha em 2006 e obteve residência permanente.
No sábado à noite, o suspeito foi levado a um juiz que, à porta fechada, ordenou a sua detenção até à apresentação de uma eventual acusação.
A polícia não revelou publicamente o nome do suspeito, mas vários meios de comunicação social alemães identificaram-no como Taleb A., ocultando o seu apelido em conformidade com o direito à privacidade, e referiram que se tratava de um médico especialista em psiquiatria e psicoterapia.
Descrevendo-se como um ex-muçulmano, o suspeito parece ter sido um utilizador ativo da rede social X (antigo Twiter), partilhando diariamente dezenas de 'tweets' e 'retweet's centrados em temas anti-islâmicos, criticando a religião e felicitando os muçulmanos que abandonaram a fé.
O suspeito acusou as autoridades alemãs de não terem feito o suficiente para combater aquilo a que se referiu como a “islamização da Europa”.
O horror desencadeado por mais um ato de violência na Alemanha torna provável que a migração continue a ser uma questão-chave à medida que a Alemanha se aproxima das eleições antecipadas, marcadas para 23 de fevereiro.
Figuras de direita de toda a Europa criticaram as autoridades alemãs por terem permitido elevados níveis de migração no passado e por aquilo que consideram ser falhas de segurança atualmente.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, conhecido por uma forte posição anti-migratória desde há vários anos, aproveitou o ataque na Alemanha para criticar as políticas de migração da União Europeia.