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Ministra da Saúde admite negociações com técnicos de diagnóstico e terapêutica em breve

LUSA
28-10-2024 15:16h

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, admitiu hoje que as negociações com os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica deverão ter início “muito proximamente”, considerando que estes profissionais são “uma espécie de cimento do Serviço Nacional de Saúde”.

“Muito proximamente iniciaremos também negociações com os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e também com os administradores hospitalares”, referiu.

À margem da cerimónia de assinatura pública dos memorandos de entendimento para a implementação do programa “Be a Mom” no Serviço Nacional de Saúde, que decorreu em Coimbra, Ana Paula Martins destacou a importância daquele grupo profissional, com o qual o Governo ainda não se sentou não à mesa de negociação.

“Desde o primeiro momento dissemos, enquanto Governo, que a prioridade iria ser as três carreiras especiais. Estamos a fazê-lo: fechámos uma parte da negociação sindical com os enfermeiros, ainda estamos com os médicos, ainda estamos com os farmacêuticos”, acrescentou.

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 00:00 de hoje uma greve de quatro dias para exigir respostas às suas reivindicações, um protesto convocado por três sindicatos que será marcado por uma manifestação na terça-feira à tarde em frente ao Ministério da Saúde.

Aos jornalistas, a ministra da Saúde disse compreender que a greve é uma forma de luta, no entanto, “prejudica essencialmente os utentes”.

“Prejudica essencialmente aquilo que são muitos exames, muitas intervenções que estão programadas e que não conseguem ser realizadas, mas também compreendemos que são um grupo importante com quem não nos sentámos à mesa de negociação”, apontou.

Para Ana Paula Martins, estes técnicos, cada vez mais especializados, são “absolutamente indispensáveis” ao bom funcionamento das equipas multiprofissionais dentro do Serviço Nacional de Saúde.

“Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, que são constituídos por variadíssimas profissões, têm vindo, ao longo das últimas décadas, a tornar-se aquilo que eu considero uma espécie de cimento do Serviço Nacional de Saúde”, concluiu.

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