A República Democrática do Congo (RDCongo) vai lançar na terça-feira, 29 de outubro, a sua primeira campanha de vacinação contra a malária, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As primeiras doses das vacinas serão administradas em 29 de outubro em Mbanza-Ngungu, uma cidade da província do Congo Central, no sudoeste do país, de acordo com um comunicado de imprensa do gabinete da OMS na RDCongo.
Em junho, a RDCongo - país que faz fronteira com Angola - tinha recebido 693.500 doses da vacina R21/Matrix-M, destinada a imunizar as crianças entre os seis e os 23 meses contra a malária, segundo a OMS.
A RDCongo é o 14.º país africano a adotar esta vacina, indicou.
A malária é uma doença transmitida aos seres humanos pela picada de certos tipos de mosquitos e mata mais de 600.000 pessoas todos os anos, 95% das quais em África, referiu.
Na RDCongo, as crianças com menos de cinco anos representam 50% dos casos de malária e cerca de 70% das mortes devido a esta endemia, segundo dados do Ministério da Saúde Pública e do relatório anual do Programa Nacional de Luta contra o Paludismo (PLNP) de 2022.
Os países mais afetados são o Burkina Faso, os Camarões, a RDCongo, o Gana, o Mali, Moçambique, o Níger, a Nigéria, o Sudão, a Tanzânia e o Uganda.
As vacinas contra a malária foram introduzidas pela primeira vez em abril de 2019 no Maláui, seguido do Quénia e do Gana, e demonstraram que a vacina "reduziu substancialmente os casos graves" da doença, indicou a OMS.
No final de janeiro, os Camarões lançaram a primeira campanha mundial de vacinação contra a malária em grande escala, coordenada pela OMS e financiada pela Gavi Vaccine Alliance, presidida pelo antigo primeiro-ministro português Durão Barroso.