O PS de Cantanhede questionou hoje o alegado esvaziamento do Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, considerando necessário manter o serviço público de prestação de “cuidados de saúde com qualidade” à população.
Em comunicado enviado à agência Lusa, o PS afirmou que “teme pelo possível esvaziamento de serviços e valências”, revelando ter sido “com apreensão que a Concelhia” do partido soube “da alegada deslocalização de equipamento” do HAJC para a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra.
“Neste caso, diz respeito à mudança de equipamento técnico de microbiologia que é essencial para a prestação de serviços de análises clínicas”, explicou.
Neste contexto, a Comissão Política Concelhia do PS, presidida por Carlos Sérgio Negrão, “decidiu questionar por escrito” o conselho diretivo do Hospital de Cantanhede e a administração da ULS.
“Qual o papel do Hospital de Cantanhede na ULS Coimbra?”, perguntou, querendo também saber se “é verdade que foram extintos serviços e projetos” na instituição de saúde do concelho e “qual o plano para as sete camas de medicina interna que deram uma excelente resposta de apoio ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)”, durante a pandemia da covid-19, “entretanto reabertas, mas rapidamente encerradas”.
A propósito, segundo os socialistas, importa conhecer “o impacto na produção do HAJC, em 2024, nomeadamente nas especialidades médicas disponibilizadas” nas consultas externas, unidade de cirurgia de ambulatório e exames complementares de diagnóstico.
“É verdade que têm sido deslocalizados equipamentos do HAJC para o polo CHUC, nomeadamente equipamento laboratorial? E, relativamente aos recursos humanos, é verdade que foram também deslocalizados técnicos superiores (…), nomeadamente dos serviços de apoio (…)?”, interrogaram.
Entre outras questões colocadas, o PS quer ser informado se estão previstos “a diminuição ou o encerramento de mais serviços” no Hospital de Cantanhede.
“O serviço de prevenção médica ao HAJC tem decorrido dentro da normalidade? Está prevista alguma alteração para esta modalidade de serviços médicos?”, perguntou.
Quanto ao Serviço de Urgência Básica ou à consulta não programada de atendimento a doentes agudos, “alvo de recente recomendação” da Assembleia da República ao Governo, “que alterações foram feitas desde março (…) até à presente data? E qual o projeto previsto para o futuro a curto e médio prazo?”, questionou ainda a Concelhia do PS.