A Organização Mundial de Saúde (OMS) angariou 641 mil milhões de euros em contribuições para financiar a sua estratégia para o período 2025-2029, num evento segunda-feira em Berlim, no âmbito da primeira ronda de investimento organizada pelo organismo.
A este valor acrescem outros 275 milhões de euros que já tinham sido previamente comprometidos pela União Europeia (UE) e pela União Africana (UA), elevando o montante total para 920 mil milhões de euros, segundo a OMS.
“A pandemia de covid-19 mostrou que quando a saúde está em risco, tudo está em risco”, frisou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, durante o evento.
Os investimentos na OMS não têm apenas o objetivo de proteger e promover a saúde, mas também de promover “sociedades e economias mais igualitárias, mais estáveis e mais seguras”, sublinhou.
A angariação esteve inserida no evento central da 16.ª Cimeira Mundial da Saúde (WHS), que começou este domingo em Berlim e na qual se reúnem mais de 3.500 participantes do domínio das organizações internacionais, da saúde e da política, entre outros.
O milionário e filantropo Bill Gates, da Fundação Gates, fez um discurso baseado na possibilidade de reduzir a mortalidade infantil e alcançar um futuro “melhor e mais saudável” para todos.
Há um quarto de século, quando acabava de ser pai, Gates questionava-se se seria possível reduzir para metade os 10 milhões de crianças que morriam antes de completarem cinco anos de idade, algo que parecia “impossível e idealista”.
Agora, o número caiu para menos de cinco milhões, sublinhou o filantropo norte-americano, destacando que constitui “uma das maiores conquistas da história da humanidade”.
Um quarto de século depois, após se tornar avô, Gates questionou-se se seria possível reduzir novamente o número para metade, frisou.
A tarefa, porém, não é fácil, já que o limitante não é a ciência, mas sim o financiamento deste tipo de programas, que depois de décadas de expansão está agora a contrair-se, alertou o filantropo.