O PCP reivindicou hoje que o Governo “considere as verbas necessárias” para finalizar a obra do Hospital Central do Alentejo, que está em construção em Évora, incluindo infraestruturas, acessibilidades e equipamentos.
Em comunicado, a Direção da Organização Regional de Évora (DOREV) do PCP aludiu a diversos “problemas prementes”, nacionais e regionais, aos quais “é necessário responder”.
Um deles é o novo Hospital Central do Alentejo, cuja obra de construção está em curso em Évora, com os comunistas a defenderem que, “com prioridade”, é preciso que o Governo “considere as verbas necessárias” para a sua conclusão.
E estas verbas devem incluir as “infraestruturas, acessibilidades e equipamentos” da futura unidade hospitalar, segundo a DOREV do PCP, que reclamou igualmente verbas para “a construção da Escola de Saúde” em Évora.
No mesmo comunicado, a estrutura comunista exige que o executivo da AD “crie as condições para a transformação do edifício da Messe dos Sargentos em residência estudantil pública” e “garanta o acesso a banda larga móvel em todo o distrito, assim como o acesso das populações à rede bancária e aos multibancos”.
Outra das exigências é a promoção de investimento público no distrito na área da mobilidade, como é o caso do Itinerário Complementar 33 (IC33) entre Sines e Évora, da recuperação das “estradas danificadas” pela obra da ferrovia Sines-Caia, da criação de “estações de passageiros e cais de mercadorias em Vendas Novas, Évora e Alandroal” nessa mesma na ligação ferroviária e da construção de circulares rodoviárias em Évora e Montemor-o-Novo.
O PCP defendeu ainda a valorização do “património cultural com meios e medidas urgentes, desde logo para a Capital Europeia da Cultura [em Évora, em 2027], para a preservação de importante património como a Grande Anta do Zambujeiro” ou para os castelos de Arraiolos e Montemor-o-Novo, assim como a concretização dos “estatutos do centro para a promoção e valorização do tapete de Arraiolos”.
Em relação ao novo Hospital Central do Alentejo, a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), entregue na passada quinta-feira no parlamento, prevê 153 milhões de euros para este projeto, no próximo ano.
De acordo com a proposta do OE2025, consultada pela agência Lusa, o projeto do hospital envolve uma verba total de 298 milhões de euros.
Na semana passada, a Lusa questionou o Ministério da Saúde sobre o que está incluído neste montante global para o Hospital Central do Alentejo, mas ainda não obteve resposta.
A conclusão das obras do novo hospital já teve várias datas anunciadas, como o final de 2023 ou início de 2024, final de 2024, fevereiro de 2025, no tempo do Governo do PS, e, agora, primeiro semestre de 2026, com o Governo AD.
O futuro hospital deverá ter 360 camas em quartos individuais, o que pode ser aumentado, se necessário, até 487, 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para ambulatório e dois de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro, entre outras valências.