A comissária europeia da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, fez ontem um balanço positivo dos seus cinco anos de mandato, apesar da pandemia de covid-19, a guerra da Ucrânia e os aumentos do preço da energia.
“Foram cinco anos muito importantes, acho que correu bem, apesar de tudo o que podia acontecer ter acontecido. Houve pandemia, invasão da Ucrânia pela Rússia, aumentos do preço da energia, instabilidade, agora há duas guerras nas nossas fronteiras, mas mesmo assim evitou-se que os países e as regiões se desagregassem, nomeadamente durante a covid-19”, referiu.
Em declarações aos jornalistas, antes da Cerimónia Regiostars Award, em Bruxelas, Elisa Ferreira destacou que “os fundos estruturais estão executados, relativamente ao período anterior”.
“Não ultrapassaram os 10% da totalidade dos envelopes financeiros. Também o novo período de financiamento está em velocidade cruzeiro neste momento, já temos taxas de execução bastante elevadas, com mais de um quarto do volume financeiro comprometido”, referiu.
Por isso, e “apesar das vicissitudes”, o resultado “é bom”, sobretudo porque com a política de coesão conseguiram “retirar de uma situação de atraso muitos países da União Europeia”, acrescentou.
“Posso-lhe dizer que no ano 2000, 25% da população europeia vivia em países muito atrasados e, neste momento, só 5% é que vivem em países nessas condições. Portanto, digamos, a média toda da Europa subiu, a qualidade de vida dos cidadãos subiu”, indicou.