A Unidade Local de Saúde da Região de Aveiro (ULS RA) abriu um concurso público internacional para a execução do projeto da nova unidade de ambulatório do Hospital de Aveiro, considerada “absolutamente fundamental”, pela administração.
O concurso público internacional para a aquisição dos serviços de elaboração do projeto de execução para a empreitada de construção da Unidade de Ambulatório da ULS RA e de assistência técnica durante as fases de concurso e de construção foi publicado na quinta-feira em Diário da República.
O concurso tem um preço base de 2,226 milhões de euros, valor ao qual acresce a taxa de IVA em vigor, e tem um prazo de execução de 480 dias, sendo que o prazo para a apresentação das propostas decorre até 29 de janeiro de 2025.
Numa nota publicada hoje, a ULS RA considera a edificação da nova unidade de ambulatório “absolutamente fundamental” para a melhoria da capacidade e qualidade dos serviços prestados à população, designadamente na prestação direta dos cuidados de saúde, na investigação e no apoio às atividades de formação, agora expandidas com o início do mestrado integrado de medicina da Universidade de Aveiro.
Citada na mesma nota, a presidente do Conselho de Administração da ULS RA, Margarida França, realça que a maior dificuldade que o Hospital de Aveiro enfrenta atualmente é “a falta crónica de espaço”, dado o grande crescimento da atividade hospitalar dos últimos anos, uma situação que, segundo a mesma responsável, “já compromete a inovação e a própria capacidade de resposta”.
Margarida França afirma ainda que o atual recurso a estruturas modelares, ou contentores, “não pode ser uma situação que perdure no tempo, nem uma solução para resolver a falta de gabinetes de consulta, tratamento e até armazenamento de material sensível, como é o caso de muitos dos materiais clínicos em uso”.
A nova unidade de ambulatório vai ser edificada nos terrenos do antigo Estádio Municipal Mário Duarte e dos Armazéns Gerais da Câmara de Aveiro, que já foram demolidos para o efeito.
O edifício irá concentrar toda a atividade clínica sem internamento, acolhendo os serviços de consulta externa, hospitais de dia, cirurgia de ambulatório, uma área de medicina física e de reabilitação, uma central de colheitas e a Clínica da Mulher, Criança e Adolescente.
Haverá ainda um núcleo dedicado ao ensino e formação permanente que permitirá atividades de formação, investigação e estudo no âmbito do desenvolvimento científico das ciências médicas.
O anterior ministro da Saúde, Manuel Pizarro, comunicou formalmente a atribuição de uma verba inicial de 30 milhões para a construção do edifício no quadro do Portugal 2030.