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Ministra da Saúde diz ser necessário garantir com antecedência escalas dos hospitais

LUSA
21-09-2024 16:16h

A ministra da Saúde disse hoje que o objetivo do despacho sobre a adaptação das férias dos profissionais é o de garantir com antecedência as escalas das urgências dos hospitais para o inverno.

“Há situações em que temos muito falta de recursos humanos, sobretudo em algumas zonas do país e essas zonas preocupam muito e Lisboa e Vale do Tejo é uma dessas zonas. Temos a necessidade absoluta de com três meses de antecedência garantir que temos as escalas completas e, quando não as temos, garantir que conseguimos encontrar soluções. É esse o grande objetivo do despacho”, disse Ana Paula Martins, em declarações à Sic Notícias na Fundação Champalimaud.

A ministra foi questionada sobre o despacho, que será publicado em breve e hoje avançado pelo jornal Público, que determina que “sempre” que seja detetada uma situação que “inviabilize a composição integral da equipa” da urgência deve-se “proceder à respetiva revisão” das férias.

Esta alteração do período das férias dos profissionais de saúde tem como finalidade assegurar a resposta durante o inverno, especialmente em picos de procura, numa tentativa de evitar assim o encerramento daqueles serviços.

“Tendo em vista assegurar a resposta do SNS”, os responsáveis das Unidades Locais de Saúde, que agregam hospitais e centros de saúde das diferentes regiões, devem “proceder à imediata reanálise dos planos de férias dos profissionais que integram as equipas do serviço de urgência”, refere o Ministério da Saúde, no despacho citado hoje pelo jornal.

A ministra avançou que no despacho estão “previstas situações de exceção”, nomeadamente quando, por “questões familiares ou pessoais”, um médico precise de férias naquele momento e, nesses casos, as administrações ou os diretores de serviço podem fazer essa alteração.

Ana Paula Martins assegurou que no despacho “nada é absoluto”.

Os sindicatos dos médicos já contestaram este despacho sobre a revisão das férias para garantir urgências no inverno e culpam o Governo por não garantir profissionais em número suficiente para assegurarem os períodos de picos de procura nas unidades de saúde.

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