A Maternidade Alfredo da Costa (MAC) tem registado uma média semanal de 442 atendimentos no Serviço de Urgência em agosto, acima da média de julho (320) e em linha com os números de agosto do ano passado (443).
Os dados foram divulgados esta segunda-feira pela instituição, cuja leitura “demonstra que os encerramentos programados de outras maternidades estão a ter o mesmo efeito na procura pela MAC, tal como no ano passado”.
Os dados indicam ainda que entre a passada sexta-feira e domingo foram feitos 39 partos na MAC, tendo sido transferidas três puérperas e os bebés para os hospitais da área de residência. No fim de semana anterior (sexta-feira, sábado e domingo) tinham-se registado 47 partos e nove transferências de puérperas e recém-nascidos.
Na semana entre 05 e 11 foram realizados 472 atendimentos no Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia (SUGO) e 92 partos (405 atendimentos e 97 partos na semana anterior).
Ainda segundo o documento, a MAC regista uma média semanal de 13 partos por dia em agosto (15 ao fim de semana). No período homólogo, registaram-se 11 partos, em média, por dia.
Comparando com 2019, o ano pré pandemia, os dados mostram que houve um aumento grande da atividade assistencial, passando dos nove partos por dia de então para os 13 de agora.
Dados também hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) indicaram que no fim de semana foram transportadas três grávidas do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, para unidades privadas.
Contactada pela agência Lusa, a Unidade Local de Saúde de Loures-Odivelas, que integra o Hospital Beatriz Ângelo, explicou que as três grávidas foram transferidas para hospitais privados, “cumprindo a necessidade de gestão das vagas do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.
Durante o fim de semana estiveram encerrados cinco serviços de urgência de Ginecologia e Obstetrícia, a maioria em Lisboa e Vale do Tejo.
Esta semana, quinta-feira, sábado e domingo serão os dias com mais urgências de Ginecologia fechadas (sete no total).
Nos hospitais Santa Maria, em Lisboa, e Garcia de Orta, em Almada, também serão recebidos apenas os casos referenciados, ou seja, reservados às urgências internas, aos casos referenciados pelo Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e pela linha SNS 24.
A Direção Executiva do SNS apela à população para “ligar sempre para a Linha SOS Grávida [808 24 24 24] antes de se deslocar a um serviço de urgência de Ginecologia”.