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PCP insiste na reforma aos 40 anos de descontos e aumento de 7,5% para todos

Lusa
12-08-2024 10:20h

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, insistiu hoje no direito à reforma sem penalizações após 40 anos de trabalho e de contribuições, reiterando a defesa de um aumento de 7,5% para todas as reformas e pensões em Portugal.

“Quarenta anos de trabalho, 40 anos de contribuições são mais que suficientes para ter direito à reforma sem nenhuma penalização”, disse Paulo Raimundo, no encerramento de um jantar-comício na Comissão de Reformados, Pensionistas e Idosos da Póvoa de Santo Adrião, no concelho de Odivelas.

Perante dezenas de militantes reformados e aposentados, que várias vezes interromperam o secretário-geral do seu partido para gritar “PCP”, Raimundo insistiu nesta ideia que, não sendo nova, considera justa.

“É o mínimo que nós todos, a sociedade, é obrigada a assegurar para aqueles que garantiram, garantem, sustentaram e sustentam as nossas vidas”, disse.

A outra medida defendida várias vezes neste discurso foi a de um amento extraordinário de todas as reformas e de todas as pensões. “Esta é a medida que se impõe”, frisou.

Paulo Raimundo acredita que o Governo vai “encontrar mil e uma desculpas para não avançar” com esta proposta dos comunistas, “iludindo” com medidas “pontuais, limitadas, tardias e insuficientes”, como o aumento do complemento solidário dos idosos, que beneficiou 140.000 pessoas, mas deixou de fora 1,3 milhões.

Sobre o orçamento do Estado para 2025, o secretário-geral do PCP lamentou que se fale mais da forma do que do conteúdo. Sobre as pensões e reformas, disse que vão sendo sopradas ideias de que este aumento nunca poderá ir além dos 3%.

“Isto é gozar com quem trabalhou uma vida inteira”, acusou.

“O que se exige, o que é urgente, possível, necessário e imediato é o aumento extraordinário de todas as pensões e reformas de 7,5%, num mínimo de 70 para cada pensão e reforma”, indicou.

O líder dos comunistas elencou depois as prioridades para os mais velhos, e não só, como a proteção da habitação e a salvação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Sobre o SNS, identificou “uma vontade tremenda de transferir mais meios financeiros” para os que “lucram com o negócio da doença”.

“A única medida capaz de enfrentar o drama que estamos a viver em várias especialidades, em vários hospitais, em vários centros de saúde é valorizar os profissionais, respeitá-los, dar-lhes condições de trabalho, acarinhá-los, trazê-los para onde nunca deveriam ter saído”.

A intervenção de Paulo Raimundo foi aplaudida de pé e encerrado o comício com a música “Avante Camarada”, interrompida precocemente devido à queda de um conviva, que necessitou de assistência médica.

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