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Mpox: OMS decide convocar comité de emergência devido aumento de casos em África

LUSA
07-08-2024 16:59h

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou hoje que decidiu convocar uma reunião do comité de emergência sobre o mpox devido ao aumento de casos em África, onde circula uma nova estirpe do vírus.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que disse que o comité irá reunir-se o mais breve possível.

Justificando a convocação do comité de emergência da OMS, Ghebreyesus invocou a propagação da infeção da República Democrática do Congo (RDC), onde foi detetada inicialmente a nova estirpe, para outros países africanos vizinhos e a possibilidade de uma nova disseminação internacional.

O diretor-geral da OMS pretende aconselhar-se com o comité de emergência para saber se a epidemia em vários países africanos constitui uma emergência de saúde pública internacional (nível máximo de alerta).

Apesar das cautelas, Tedros Adhanom Ghebreyesus desaconselhou a imposição de restrições a viagens para os países afetados pelo novo surto.

Em 11 de julho, a OMS alertou para a ameaça global à saúde representada pelo mpox, manifestando preocupação com um surto de uma nova estirpe mais mortífera do vírus na RDC, que já reportou mais de 14 mil casos e meio milhar de mortes, segundo dados hoje atualizados pela organização.

Desde então, Burundi, Costa do Marfim, Quénia, Ruanda e Uganda anunciaram que registaram vários casos de mpox.

A nova estirpe já foi confirmada no Quénia, Ruanda e Uganda, aguardando-se resultados de análises no Burundi, e, de acordo com a OMS, é transmissível entre pessoas e causa doença grave, sobretudo em adultos, e morte, desconhecendo-se ainda se é mais transmissível.

Na RDC, o número de casos notificados nos primeiros seis meses de 2024 igualou o total do ano passado e a taxa de letalidade situa-se ligeiramente acima dos 3%.

A infeção pelo mpox foi declarada uma emergência de saúde pública internacional em julho de 2022 e até maio de 2023, altura em que deixou de ser considerada uma ameaça.

Na altura, circulava outra estirpe.

A nova estirpe conduz ao aparecimento de erupções cutâneas em todo o corpo, enquanto as provocadas pela anterior estavam localizadas na boca, face ou nos genitais.

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