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Detido segundo falso médico no Hospital Central de Maputo

Lusa
06-08-2024 07:11h

Um homem foi detido a passar-se por médico no Hospital Central de Maputo (HCM), acusado de atrair vítimas pelas redes sociais para facilitar o atendimento em troca de dinheiro, o segundo caso desde abril, foi hoje divulgado.

“Importa referir que aquando da sua neutralização, no recinto da maior unidade sanitária do país, o falso médico não trajava nenhum uniforme da instituição, mas, mesmo assim, graças ao forte mecanismo de vigilância existente, foi prontamente identificado pelos funcionários e seguranças, que suspeitaram do seu comportamento”, explicou o HCM, numa informação sobre a atividade da instituição.

No ato da sua detenção, que ocorreu em 19 de julho, “foram encontrados junto do falso médico [um] crachá de um centro de saúde, vários bilhetes de identificação, cartões de eleitor, cartões de bancos e documentos de uso hospitalar que se supõem serem das suas vítimas”.

“O indivíduo em causa foi colocado fora de ação pela segurança local que, apercebendo-se das suas incursões, tratou de neutralizá-lo prontamente quando este tentava empreender uma fuga desnorteada”, acrescentou o HCM.

Segundo o comunicado, o falso médico usava vários perfis nas redes sociais, incluindo com uma foto pertencente a um médico “já falecido”.

Este foi o segundo caso do género a registar-se no mesmo hospital nos últimos quatro meses.

Em 11 de abril, um homem de 24 anos foi apanhado em flagrante a passar-se por médico no serviço de urgências do HCM, depois de ter feito o mesmo noutras unidades.

“A neutralização deste falso médico só foi possível graças à pronta intervenção da equipa em serviço, que tratou de comunicar de imediato às autoridades policiais locais, que o detiveram em flagrante. Foi apurado que o mesmo já fazia as suas incursões nos hospitais da Polana Caniço e do Chamanculo”, explicou o HCM, em comunicado divulgado na ocasião.

Aquando da detenção, o homem “fazia-se acompanhar por uma das suas vítimas”, a quem teria prometido uma consulta de urologia.

“As características do uniforme que trajava na altura, bem como as suas movimentações e deficiente articulação com a equipa de saúde escalada no local, levantou suspeitas por parte dos profissionais de saúde que trataram de averiguar, de imediato, a sua real identidade”, acrescentou o HCM.

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