A Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria, que agrega nove municípios do distrito de Santarém, saudou hoje a receção de quatro novos médicos de família, tendo sublinhado a importância da “captação e fixação” de profissionais de saúde.
“Uma das nossas grandes missões é tentar captar e fixar recursos humanos, médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, para a ULS, para podermos dar a melhor resposta à nossa população”, afirmou a presidente do Conselho de Administração (CA) da ULS da Lezíria.
Citada em comunicado, na sequência da receção a dois dos quatro médicos especialistas de Medicina Geral e Familiar, Tatiana Silvestre realçou hoje o “compromisso contínuo” da ULS da Lezíria em “atrair e reter profissionais de saúde qualificados”.
O Governo autorizou a Unidade Local de Saúde (ULS) da Lezíria a contratar 56 médicos de várias especialidades, entre os quais 25 profissionais recém-especialistas em medicina geral e familiar, segundo anunciado no dia 09 de julho.
Em comunicado, a ULS da Lezíria indicou que 28 vagas pertencem aos cuidados de saúde hospitalares e outras 28 aos cuidados de saúde primários.
Em declarações à agência Lusa no início de maio, Tatiana Silvestre afirmou que a unidade tem “carência de médicos, quer de medicina geral, quer em várias especialidades”.
“Queremos ocupar grande parte destas vagas e queremos acreditar que vamos conseguir”, disse, na ocasião.
Hoje, o diretor clínico da ULS da Lezíria, João Soares Ferreira, também destacou os “esforços contínuos para melhorar os cuidados de saúde primários (CSP) na região, sublinhando os progressos já alcançados e delineando metas para o futuro.
De acordo com o diretor clínico, além destes quatro médicos, prevê-se ainda a contratação de mais nove médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF) através de "concurso que se iniciará em breve".
O diretor clínico aproveitou a ocasião para destacar a "mudança de paradigma que se tem verificado", com a maioria das unidades de saúde a transitar para o modelo B.
“Atualmente, restam apenas cinco Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), sendo que duas delas têm o potencial de progredir para USF”, segundo a visão do responsável.
"Sobram cinco UCSP, sendo que duas delas têm critérios, na nossa visão, para que possam progredir. Será um trabalho que queremos iniciar", acrescentou.
Para a concretização deste processo, o diretor clínico dos CSP realçou a "importância da fixação de profissionais" de saúde.
“Óbvio que isto só se consegue com recursos humanos que estejam motivados”, afirmou, reforçando a "disponibilidade" do Conselho de Administração para "auxiliar os novos médicos".
O comunicado indica que, para além dos dois médicos agora integrados, a ULS da Lezíria também contratou duas médicas, uma das quais “recém-colocada em Almeirim”, e uma outra, que “iniciará funções na próxima semana na USF Chamusca”.
A ULS da Lezíria do Tejo entrou em funcionamento em fevereiro e é constituída por cerca de dois mil profissionais, entre médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos auxiliares de saúde.
Presta cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados e a sua área de influência abrange os concelhos de Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém.