As autoridades de Saúde em Moçambique anunciaram hoje, na Beira, que o país registou, nos últimos quatro anos, um aumento em 14% de novos casos de malária, um facto associado ao reforço da capacidade de diagnóstico.
“O aumento de casos neste período reflete a melhoria da nossa capacidade de diagnóstico. Nós estamos a testar mais, mas estamos a encontrar mais casos”, disse Ivan Manhiça, secretário permanente do Ministério da Saúde em Moçambique.
Ivan Manhiça, que falava na abertura da reunião anual do Programa Nacional de Controlo da Malária em Moçambique, afirmou que o país testou em 2023 cerca de 25 milhões de pessoas, contra 19 milhões em 2020.
“O aumento de casos de malária também está associado a outros fatores determinantes, como as mudanças climáticas e difícil saneamento do meio, que propiciam o aumento dos mosquitos causadores da malária, bem como ausência de meios suficientes para a sua prevenção”, declarou.
Segundo a fonte, o país também registou, entretanto, uma redução de 17% nos “casos severos” no mesmo período, passando de 69.286 casos em 2020 para 57.703 casos em 2023.
A malária continua entre as principais causas de morte no país em crianças com menos de cinco anos.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a malária é uma das doenças mais mortíferas em África, matando quase meio milhão de crianças com menos de 5 anos, todos os anos, e representa aproximadamente 95% dos casos mundiais de malária e 96% das mortes em 2021.