Portugal foi confirmado como um país livre da peste suína africana, somando agora 24 anos desde que foi detetado o último foco no país, apesar de a doença ter agravado na Europa, indicou a Organização Mundial da Saúde Animal.
“Portugal está livre da PSA [peste suína africana] há 24 anos”, lê-se num documento divulgado pela Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH, na sigla em inglês).
O país está igualmente livre da doença vesiculosa dos suínos.
As autodeclarações de Portugal como país livre da peste suína africana e da doença vesiculosa dos suínos, foram, recentemente, publicadas pela WOAH.
A declaração destaca que a PSA é uma doença de notificação obrigatória em Portugal e que esta não tem sido registada em animais selvagens ou que se encontrem em cativeiro.
Por outro lado, sublinhou que têm sido levadas a cabo ações de vigilância em várias instalações e que as mercadorias foram importadas segundo os requisitos preestabelecidos.
A organização atestou ainda que a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) tem identificados os grupos de suínos domésticos e que, em conjunto com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), tem conhecimento das espécies de javalis e da sua distribuição pelo país.
Em junho, foi anunciado o agravamento da PSA, sobretudo na Europa, com novos focos detetados em javalis, e a DGAV alertou para o reforço das medidas de prevenção.
Desde 2005, 80 países e territórios já notificaram a presença ou suspeita de PSA, destacando-se 32 em África e 23 na Europa.
Tendo em conta este cenário, a DGAV pediu a todos os produtores, comerciantes, industriais, transportadores, caçadores, veterinários e às restantes pessoas que lidam com suínos e javalis para reforçarem as medidas preventivas.
Entre estas incluem-se a aplicação das medidas de biossegurança nas explorações, centros de agrupamento, entrepostos e transportes e das boas práticas de caça.
A alimentação de suínos com lavaduras e restos de cozinha e mesa está proibida.
Da mesma forma, a DGAV pediu que não sejam deixados restos de comida acessíveis aos javalis.
Qualquer ocorrência ou suspeita de PSA tem que ser reportada à DGAV.
A peste suína africana, que não representa perigo para os humanos, afeta suínos domésticos e javalis.
A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.