A Unidade Local de Saúde (ULS) Tâmega Sousa negou hoje que tenha encerrado o atendimento permanente (SAP) de Baião, apesar da indicação na noite passada, à porta das instalações, de que o serviço se encontrava “temporariamente encerrado”.
Segundo fonte da ULS, a situação deveu-se a uma “falha pontual” de um clínico que será rapidamente ultrapassada.
“Não há qualquer encerramento definitivo e até haverá um reforço dos serviços prestados, a breve trecho”, acentuou à Lusa, indicando ter sido contratado um novo médico que “entrará ao serviço brevemente” em Baião (distrito do Porto).
Na noite de quinta para sexta-feira, os utentes foram surpreendidos com as portas encerradas, algo inédito, segundo a autarquia local, até porque noutros momentos em que não havia médicos as instalações tinham-se mantido abertas com um enfermeiro e um assistente técnico garantido pelo município.
A fonte indicou que a administração da ULS “está a trabalhar para conseguir mais contratações para a área clínica”, prevendo-se também a reativação da unidade de saúde móvel parada desde a pandemia.
Ainda em relação ao município de Baião, acrescenta a fonte, “foram dadas indicações para serem reforçadas as consultas abertas nas cinco unidades funcionais do concelho de Baião.
Sobre esta matéria, a Lusa ouviu o presidente da Câmara de Baião, Paulo Pereira, para quem os problemas observados na noite passada decorrem da escassez de médicos para contratação, além das dificuldades pontuais impostas pelo período de transição que se observa após a criação das unidades locais de saúde.
Anotou, porém, que as ausências de médicos no SAP de Baião, sobretudo no período da noite, têm acontecido pontualmente, situação que tem sido notificada à tutela.
O autarca disse estar a trabalhar com a ULS no sentido de melhorar os cuidados prestados à população, estando identificados os problemas.
“Temos o compromisso dos responsáveis da ULS de que se está a trabalhar para encontrar médicos para garantir o funcionamento do SAP”, reforçou.