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Tempos de espera motivam maior parte das queixas na saúde em 2018

LUSA
01-07-2019 15:25h

Os tempos de espera no local de atendimento representaram um quarto das queixas dos utentes no setor na saúde no ano passado, sendo o tema mais mencionado nas reclamações.

O relatório da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) relativo às reclamações no setor em 2018, divulgado esta segunda-feira, mostra que 24% das reclamações apresentadas e já decididas respeitavam a tempos de espera, sobretudo o “tempo de espera para atendimento clínico não programado superior a uma hora”.

Ao todo, foram recebidas e decididas pela ERS quase 18 mil reclamações relativas apenas aos tempos de espera.

Estes tempos de espera dizem respeito à espera no local, desde o momento da chegada às instalações até ao atendimento, incluindo atrasos e demoras, para atos clínicos e para atos administrativos.

A questão dos tempos de espera é a reclamação mais frequente nos setores público, privado e nos estabelecimentos geridos em parceria público-privada.

Depois dos tempos de espera, é a “focalização no utente” o tema mais reclamado, com destaque para questões ligadas a tratamento pelos meios adequados, humanamente, com prontidão, correção e respeito.

Como terceiro tema mais reclamado surgem os “procedimentos administrativos”, sendo particularmente alvo de queixas a qualidade da informação institucional disponibilizada.

O relatório do regulador hoje divulgado aponta globalmente para mais de 84 mil queixas recebidas em 2018 relativas a unidades de saúde públicas, privadas ou sociais, um aumento de 20% face a 2017.

Também o número de elogios cresceu, para um total superior a 11 mil, sendo sobretudo dirigidos a “pessoal clínico” (quase um terço do total).

Do total de processo de reclamações, quase 70% dizem respeito a unidades públicas, mas as quatro parcerias público-privadas têm 9% das reclamações, muito acima de todos os prestadores do setor social.

Assim, das mais de 84 mil reclamações na saúde registadas no ano passado pelo regulador, 67% respeitam a unidades públicas e são as instituições com internamento as que recebem mais queixas.

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