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Câmara de Porto de Mós entrega seis viaturas a unidades de saúde familiar

Lusa
15-05-2024 11:44h

A Câmara de Porto de Mós vai entregar seis viaturas às unidades de saúde familiar (USF) do concelho, iniciativa que integra a descentralização de competências do Estado central na área da saúde, disse hoje o presidente do município.

Segundo Jorge Vala, as primeiras viaturas vão ser entregues na quinta-feira à USF Novos Horizontes, com sede no Juncal e polos em Pedreiras e Calvaria, seguindo-se a USF Aire e Candeeiros, na sede do concelho e polos em Mira de Aire e Serro Ventoso. A cada USF cabe três veículos.

“Isto surge no âmbito de uma disponibilidade que existe da parte dos profissionais de saúde para conduzirem viaturas”, declarou Jorge Vala, referindo não fazer sentido a entrega para ficarem paradas e “os profissionais continuarem a exigir, como tem acontecido até agora, que sejam os assistentes operacionais do município a conduzir as viaturas”.

O presidente da autarquia explicou que, “depois de algumas reuniões, houve da parte dos profissionais de saúde a disponibilidade para poderem servir os utentes de uma forma mais flexível e mais de acordo com os seus horários, e não estarem dependentes também da disponibilidade dos motoristas do município”.

O Município de Porto de Mós assumiu a área da saúde em 01 de janeiro.

O balanço, “ao fim de cinco meses, não tem muitas evidências”, reconheceu, assinalando que “nem sempre localmente ou em termos de ULS [Unidade Local de Saúde da Região de Leiria] as coisas estão a funcionar” como esperaria.

A este propósito, Jorge Vala lembrou que, “associada a esta questão da descentralização, existe também uma alteração profunda da organização do sistema de saúde”, com o fim das administrações regionais de saúde e do agrupamento de centros de saúde, e “a transferência destas responsabilidades para uma ULS que envolve, inclusive, concelhos de fora” da região.

O presidente da Câmara admitiu que “estava muita coisa por fazer”, exemplificando com “equipamentos inoperacionais há uma década” e que fazem falta.

“Há um conjunto de necessidades que têm, de alguma forma, caráter de urgência, eu reconheço isso, mas que estão associadas às regras de contratação pública, o que torna também mais difícil para se concretizarem no imediato”, salientou.

Garantindo existir um “bom relacionamento” com as coordenações das duas unidades de saúde familiar e com a ULS, Jorge Vala adiantou que “é neste espírito de entreajuda, de disponibilidade e também de compreensão” que o trabalho decorre.

“O nosso objetivo final é sempre o mesmo, que os nossos munícipes sejam bem servidos e que a resposta de saúde seja mais eficaz, mais eficiente e, sobretudo, que os nossos utentes tenham os obrigatórios e necessários cuidados primários de saúde”, acrescentou.

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