Segundo o presidente, Ricardo Rio, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, o mecanismo de desinfeção das mãos poderá ser instalado ainda hoje, mantendo-se assim em funcionamento o registo biométrico, com picagem por toque de dedo.

“Não é o processo em si que é problemático. É o processo poder não estar associado a um mecanismo de desinfeção imediato, que obviamente proteja os utilizadores”, sublinhou.

O autarca disse que a situação foi “sinalizada” numa reunião que decorreu no final da última semana, tendo então os Recursos Humanos dado conta que no início desta semana já haveria condições para instalação do sistema de desinfeção.

“Se assim for, o mecanismo [registo biométrico] manter-se-á. Enquanto não estiver, o mecanismo será suspenso, mas a indicação que eu tenho é que hoje mesmo seriam instalados esses mecanismos”, acrescentou Ricardo Rio.

Hoje, durante a reunião do executivo, os vereadores Artur Feio (PS) e Carlos Almeida (CDU) defenderam o cancelamento do controlo biométrico, sublinhando que a “onda de contágio” do Covid-19 “atingirá o pico” no final de março.

Alegaram que a instalação de um sistema de desinfeção não garante que todos os funcionários o vão utilizar, após “picarem o ponto”.

“Não podemos ser polícias das pessoas”, respondeu Ricardo Rio, apelando ao sentido de responsabilidade dos funcionários.

De resto, a oposição questionou a maioria acerca da existência ou não de um plano de contingência municipal para a epidemia.

Rio respondeu que o plano existe mas sublinhou que, nestes casos, os planos são muitas vezes “rapidamente ultrapassados pela realidade.

“O nosso foco é minimizar os riscos”, referiu. Deu conta de que já foram cancelados alguns eventos, como provas desportivas e atividades com idosos.