SAÚDE QUE SE VÊ

Israel: Exército israelita avisa que vai lançar ataques no centro de Gaza

Lusa
22-12-2023 10:40h

O Exército israelita avisou hoje os refugiados que vivem no campo de Bureij, no centro da Faixa de Gaza, para que se desloquem para Deir al-Balah, mais a sul, referindo-se à expansão das operações militares na zona.

Avichai Adrai, porta-voz do Exército israelita afirmou num comunicado, em árabe, publicado na rede social X que "as Forças de Defesa de Israel (FDI) estão a agir com força contra o Hamas e as organizações terroristas", no âmbito da ofensiva lançada após os atentados de 07 de outubro.

O comunicado avisa os palestinianos que se encontram no campo de refugiados de Bureij e aos habitantes de Badr, Al Nuzha, Al Zahra, Al Buraq, Al Rauda e Al Safa, no sul do vale de Gaza, para que "se desloquem imediatamente para os abrigos de Deir al-Balah", zona que também está a ser bombardeada pelo Exército israelita.

Adrai afirmou ainda que vai verificar-se "uma suspensão temporária, local e tática das atividades militares para fins humanitários no bairro ocidental de Rafah, para que os residentes na zona possam abastecer-se", perante a escassez de alimentos, medicamentos e água.

Por outro lado, sublinhou que "os combates e o avanço militar do Exército na zona de Khan Yunis [sul] não permitem a circulação de civis através da via Saladino - que liga Gaza de norte a sul - nas secções norte e leste da cidade de Khan Yunis", antes de sublinhar que este eixo "é um campo de batalha".

A ofensiva militar israelita contra Gaza já deixou cerca de 1,9 milhões de pessoas deslocadas internamente: cerca de 85% da população do enclave.

A ONU já afirmou que não estão reunidas as condições para uma deslocação segura e reiterou que "não há um lugar seguro" na Faixa de Gaza.

O Exército israelita lançou uma ofensiva contra o enclave palestiniano na sequência dos ataques do Hamas em 07 de outubro, que causaram cerca de 1.200 mortos e quase 240 raptados.

As autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, estimam em 20 mil o número de palestinianos mortos.

MAIS NOTÍCIAS