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Unicef precisa de 9,3 mil milhões de dólares para situações de emergência

Lusa
12-12-2023 16:25h

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou um apelo de emergência para a angariação de 9,3 mil milhões de dólares de financiamento para ajuda humanitária a mais de 90 milhões de crianças em todo o mundo.

A maior parte dos fundos (1,44 mil milhões de dólares, correspondente a 1,33 mil milhões de euros) destina-se a crianças no Afeganistão, onde se estima que dois terços da população necessitem de assistência humanitária.

São também necessários 860 milhões de dólares (quase 800 milhões de euros) para ajudar os refugiados sírios, outros 840 milhões de dólares (perto de 780 milhões de euros) para crianças no Sudão, 804 milhões de dólares (744 milhões de euros) para os menores da República Democrática do Congo (RDCongo) e 580 milhões de dólares (537 milhões de euros) para as crianças ucranianas, tanto internamente como para as que se encontram em situação de refugiadas.

Estes são os cinco maiores pedidos de financiamento da agência da ONU, que lembrou ainda que, em apenas dois meses de guerra na Faixa de Gaza, foram necessários mais de 1,2 mil milhões de dólares (1,1 milhões de euros) para ajuda humanitária, e que existe o risco de terem de ser canalizados financiamentos que já tinham sido destinados a outras situações de emergência.

A Unicef alertou também para o facto de os programas de ajuda no Sudão, Burkina Faso, RDCongo, Birmânia (Myanmar), Haiti, Etiópia, Iémen, Somália, Sudão do Sul e Bangladesh estarem subfinanciados.

Em comunicado, a agência da ONU detalhou todas as medidas que espera financiar com a ajuda solicitada, incluindo a vacinação contra o sarampo, a luta contra a falta de alimentos, o acesso à educação básica, à água potável e à possibilidade de se criarem mecanismos de denúncia de abusos sexuais.

"Milhões de crianças continuam presas em crises humanitárias cada vez maiores e mais complexas", afirmou a diretora executiva da Unicef, Catherine Russell, frisando que as crianças "não podem pagar o futuro com a própria vida".

 

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