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Cabo Verde confiante no cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável

LUSA
01-12-2023 13:08h

O Governo de Cabo Verde mostrou-se hoje confiante no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, apesar do retrocesso em algumas aéreas apontado pelas Nações Unidas.

“Cabo Verde é um país que está orgulhoso do caminho que já fez, que considera que é possível atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, afirmou o ministro de Estado, da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social cabo-verdiano, Fernando Elísio Freire.

A reação do ministro surge um dia após as Nações Unidas terem avançado, na cidade da Praia, que o arquipélago já atingiu metade dos indicadores dos 17 ODS, mas há muitas áreas com retrocessos e outras com insuficiência de dados que permitam identificar tendências.

Mesmo assim, o ministro entendeu que o país está “num bom caminho” e “acima da média” nessas metas globais.

“Estamos na primeira fila dos países que estão a cumprir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, frisou Elísio Freire, remetendo o balanço para o fim, em 2030, mas mostrando-se confiante no cumprimento de todas as metas.

Conforme os dados das Nações Unidas, Cabo Verde tem registado uma “evolução rápida” sobretudo na saúde (ODS 3), em que as metas estão praticamente a ser alcançadas.

Entretanto, mesmo nesta área, há um “retrocesso” nas doenças não transmissíveis, mais concretamente no número de mortes por cancro, e uma “evolução insuficiente” na cobertura dos serviços essenciais de saúde.

O país regista ainda uma “evolução rápida” na erradicação da pobreza (ODS 1), embora com dificuldades para aumentar a população abrangida por regimes de proteção social.

Outra área em que a meta foi “atingida ou praticamente atingida”, muito antes de 2030, é na redução das desigualdades (ODS 10), bem como na proporção de mulheres em cargos de chefia (ODS 5) ou na proporção da população coberta por rede móvel (ODS 9).

Em sentido contrário, há muitas outras áreas em que o país está a registar retrocessos, como no peso das energias renováveis na produção elétrica (ODS 7 – energias renováveis), proporção de emprego informal no emprego total (ODS 8 – trabalho digno) e nos alojamentos não clássicos/falta de condições de habitação (ODS 11).

Também há retrocessos na proporção de espécies selvagens comercializadas, nomeadamente as tartarugas (ODS 15), nas crianças com registo de nascimento em autoridade de registo civil (ODS 16), na Ajuda Pública ao Desenvolvimento (ADP) em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) e no serviço da dívida em proporção das exportações.

No quadro disponibilizado durante uma reunião do comité de acompanhamento do Quadro de Cooperação entre as partes (2023-2027), destaca-se ainda uma “evolução insuficiente” no acesso primário a combustíveis e tecnologias limpas (ODS 7), taxa de desempenho segundo sexo e idade, jovens fora do sistema educativo/não economicamente ativo (ODS 8) e no emprego gerado pela indústria transformadora.

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