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Covid-19: Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) adiada para 27 a 31 de maio

LUSA
05-03-2020 15:07h

A Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) foi adiada para os dias 27 a 31 de maio, após as entidades públicas de turismo e várias associações do setor terem cancelado a sua participação no evento, anunciou hoje a organização.

“A Fundação AIP, em articulação com o Governo (Ministério da Economia) e as associações mais relevantes no setor do turismo concluíram que, face a este novo enquadramento, deixaram de estar reunidas as condições para poder assegurar a realização da BTL 2020 nas datas originalmente previstas. Assim, com o objetivo de corresponder aos anseios e necessidades de promoção do setor do turismo, entendeu a Fundação AIP adiar a BTL 2020 para os próximos dias 27 a 31 de maio”, lê-se num comunicado divulgado hoje.

A BTL estava originalmente agendada para os dias 11 a 15 deste mês.

Começando por dizer que tinha implementado um plano de contingência no contexto do Covid-19, integrando “as medidas e procedimentos indicados” pelas autoridades de saúde, a Fundação AIP afirma que este adiamento acontece na sequência da posição assumida na quarta-feira pelo Turismo de Portugal, pelas estruturas regionais de turismo do continente, Açores e Madeira e por outras sete associações do setor, que cancelaram a sua participação presencial no evento.

Tal como a agência Lusa noticiou, aquelas entidades consideraram que, “atentas as últimas recomendações da Direção-Geral da Saúde no que toca à organização de grandes eventos e ponderadas todas as condicionantes, não estão reunidas as condições para manter a sua participação na BTL 2020 na data prevista para a sua realização, seja através de 'stand' próprio seja através dos diversos eventos inicialmente programados”.

A organização diz ainda ter sido na quarta-feira “notificada pelo Turismo de Portugal e pela TAP da sua intenção de adiar o programa de ‘Hosted Buyers’ da BTL 2020,”, que “traz anualmente a Portugal mais de 300 compradores internacionais que vêm conhecer e comprar a oferta turística do destino Portugal”, cancelando por isso a vinda destes participantes estrangeiros ao evento.

Neste contexto, e embora “consciente do impacto desta decisão”, a Fundação AIP considera que “deixaram de estar reunidas as condições" para poder assegurar a realização da BTL 2020 nas datas originalmente previstas.

“Não podemos deixar de agradecer todo o apoio que nos foi manifestado pelos nossos clientes e parceiros ao longo dos anos na afirmação da BTL como o maior e melhor evento de promoção do turismo em Portugal e estamos confiantes que, em conjunto, seremos capazes de ultrapassar as circunstâncias do momento e seremos capazes de realizar, nas novas datas agora anunciadas, uma BTL ainda mais decisiva para a dinamização da promoção e realização de negócios no setor do turismo”, conclui a Fundação AIP.

No comunicado em que na quarta-feira anunciou o cancelamento da sua participação presencial na BTL, o Turismo de Portugal frisou que, dada a “importância" da feira, "e considerando o facto de este ser o momento de encontro entre muitos compradores e fornecedores do setor, muitos internacionais", as 15 entidades signatárias estavam “a envidar os melhores esforços para manter algumas das ações previstas em formato digital, sem prejuízo da possibilidade de o evento poder decorrer noutra data se assim for decidido".

Para além do Turismo de Portugal, assinaram este comunicado a Secretaria Regional da Energia, Ambiente e Turismo dos Açores e a sua congénere de Turismo e Cultura da Madeira, para além das entidades regionais de turismo do Algarve, Alentejo, Centro de Portugal, Região de Lisboa e Porto e Norte de Portugal.

O comunicado englobou ainda a Associação de Turismo dos Açores, Associação de Promoção da Região Autónoma da Madeira, Associação Turismo do Algarve, Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, Associação Turismo de Lisboa - Visitors and Convention Bureau, a Agência Regional de Promoção Turística do Centro de Portugal e o Centro de Inovação do Turismo (NEST).

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo oito em Portugal.

Das pessoas infetadas, mais de 50 mil recuperaram.

Além de 3.012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.

Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou nove casos de infeção, dos quais seis no Porto, um em Coimbra e dois em Lisboa.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

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