A Autoridade Regional de Saúde dos Açores remeteu diretrizes a todas as farmácias da região sobre a forma de atuar face à epidemia de Covid-19 provocada por um novo coronavírus, anunciou hoje o Governo Regional.
“As farmácias comunitárias são um parceiro de grande relevo nesta fase de contenção da epidemia Covid-19 dada a sua proximidade aos residentes das nove ilhas dos Açores”, lê-se num comunicado do Gabinete de Apoio à Comunicação Social do executivo açoriano.
Segundo o Governo Regional, as diretrizes “resultam da colaboração com a Associação Nacional das Farmácias e com a Ordem dos Farmacêuticos”.
“Os procedimentos abrangem situações nas quais a probabilidade de infeção é muito reduzida, situações em que existe algum risco e situações que podem vir a configurar um caso suspeito”, adiantou.
O executivo açoriano deu hoje também orientações para a “elaboração do plano de contingência de creches, jardins de infância, escolas e outros estabelecimentos de ensino”.
O grupo técnico de coordenação criado para planear a contenção do Covid-19 “está a preparar também apresentações para as escolas, com o objetivo de esclarecer e sensibilizar os alunos para a adoção de medidas de prevenção”.
O executivo açoriano já tinha emitido, no início desta semana, duas circulares informativas, "uma com recomendações para eventos públicos e eventos de massas" e outra "relativa ao plano de contingência para lares, residências e centros de acolhimento, unidades de cuidados continuados integrados e casas de saúde”.
Deu ainda indicações aos portos e aeroportos do arquipélago para elaborarem planos de contingência.
O Governo Regional apela para que, em caso de sintomas, os utentes liguem para a Linha Saúde Açores (808 246 024), em vez de se dirigirem a um hospital ou unidade de saúde.
Até ao momento registaram-se dois casos suspeitos de Covid-19 nos Açores, mas os resultados laboratoriais foram negativos.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou cinco casos de infeção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93.000 pessoas em 78 países.
Das pessoas infetadas, cerca de 50.000 recuperaram.
Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.