O grupo parlamentar do PCP enviou hoje um requerimento para a audição do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) sobre o fecho rotativo das urgências de obstetrícia da capital.
"Hoje, dia 20 de junho, é noticiado que quatro maternidades de Lisboa - Alfredo da Costa, São Francisco Xavier, Santa Maria e Amadora Sintra - vão encerrar os serviços de urgência durante o período de verão. Sendo também dito que existe uma proposta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para que funcionem de forma rotativa", afirma o PCP, no requerimento endereçado à Comissão Parlamentar de Saúde, fazendo referência à notícia avançada hoje pelo jornal Público.
No documento enviado à agência Lusa, o grupo parlamentar comunista salienta que a principal causa apontada para o encerramento dos serviços é a falta de médicos especialistas em ginecologia e obstetrícia e anestesistas.
"As carências destes profissionais, apesar de há muito identificadas e do conhecimento do Governo, não foram debeladas pese embora a existência de instrumentos, designadamente, no Orçamento do Estado, como a contratação de profissionais ou a substituição do recurso a prestação de serviços por contratos de trabalho permanente" que permitiriam resolver o problema, sustenta o PCP.
Para o grupo parlamentar, esta proposta de fecho rotativo por parte da ARSLVT não serve as grávidas e concorre "para o enfraquecimento da resposta pública".
Nesse sentido, o PCP pede a presença do Conselho Diretivo da ARSLVT "com caráter de urgência", propondo que a audição seja agendada para a próxima reunião da Comissão Parlamentar de Saúde, na quarta-feira.
O jornal Público noticia hoje que as urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa vão estar fechadas durante o verão, fechando rotativamente uma de cada vez, devido à falta de especialistas.
De acordo com o Público, "a partir da última semana de julho e até ao final de setembro" as urgências de obstetrícia da Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Santa Maria, São Francisco de Xavier e Amadora-Sintra vão estar "fechadas num esquema de rotatividade".