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Ordem dos Médicos considera que é "remendo" o eventual fecho rotativo das urgências de obstetrícia

LUSA
20-06-2019 15:36h

A Ordem dos Médicos considerou hoje como “um remendo” o eventual fecho rotativo das urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa, lembrando que são unidades “de fim de linha” que se encontram “há meses sobrelotadas”.

"O encerramento rotativo das grandes maternidades de Lisboa, que está neste momento a ser discutido a nível da ARS, é um remendo da situação grave que está a acontecer nestas maternidades de referência e de 'fim de linha', que não têm recursos humanos”, disse Alexandre Lourenço presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos.

Em declarações à agência Lusa, o responsável alertou ainda que nestas unidades hospitalares “muitas vezes há um número de camas insuficiente para responder de forma integrada às necessidades da população”.

Segundo Alexandre Lourenço, a Ordem dos médicos anda há dois anos a alertar que a assistência ao parto, na maior parte das maternidades, “tem estado a degradar as suas condições normais de funcionamento,[com] menos recursos, menos qualidade para mais partos, mais exigência”

Segundo noticia hoje o jornal Público, as urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa vão estar fechadas durante o verão, fechando rotativamente uma de cada vez, devido à falta de especialistas.

De acordo com o Público, "a partir da última semana de julho e até ao final de setembro" as urgências de obstetrícia da Maternidade Alfredo da Costa, Hospital de Santa Maria, São Francisco de Xavier e Amadora-Sintra vão estar "fechadas num esquema de rotatividade".

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