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Covid-19: Adiado festival de Documentário de Salónica na Grécia

LUSA
02-03-2020 20:02h

A 22.ª edição do Festival de Documentário de Salónica, na Grécia, que deveria começar na quinta-feira, foi adiada, numa tentativa de prevenir a propagação do surto de Covid-19, anunciou hoje a organização da iniciativa.

O adiamento, segundo a organização num comunicado citado pela Agência France-Presse, foi decidido em coordenação com o Ministério da Cultura grego, depois “do mais recente anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS), que elevou a sua estimativa sobre a disseminação do coronavírus”.

“A segurança do pessoal, do público e dos convidados do festival, bem como dos habitantes da cidade, são a nossa maior prioridade”, refere a organização.

Os organizadores do festival estão “a considerar a sua realização no final de maio ou início de junho”.

Na Grécia já foram confirmados sete casos de contaminação devido à epidemia de Covid-19 provocada por um novo coronavírus, tendo a primeira confirmação, feita na quarta-feira, sido em Salónica.

A 22.ª edição do Festival de Documentário de Salónica deveria decorrer entre quinta-feira e dia 15 de março.

Também devido aos riscos associados ao surto de Covid-19, foi adiada a Feira do Livro Infantil de Bolonha, que reúne anualmente milhares de editores e autores de todo o mundo naquela cidade italiana, e foi cancelado o Salão do Livro de Paris, que deveria realizar-se entre 20 e 23 de março, na capital francesa.

A 57.ª edição Feira do Livro Infantil de Bolonha, considerada a mais relevante dedicada à literatura e ilustração para os mais novos, estava marcada de 30 de março a 02 de abril, mas foi reagendada para de 04 a 07 de maio.

Além disso, o museu do Louvre, em Paris, permanecia hoje encerrado após os seus funcionários, preocupados com a epidemia do Covid-19, terem votado pelo direito de retirada do trabalho, direito que já tinham exercido no domingo.

O direito de retirada do trabalho pode ser exercido, segundo o Código do Trabalho francês, quando um trabalhador considera que a sua situação apresenta "um perigo grave e iminente para a sua vida ou saúde".

No ano passado, o Louvre, o museu mais visitado do mundo, recebeu 9,6 milhões de visitantes.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.000 mortos e infetou quase 90 mil pessoas em 67 países, incluindo duas em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 45 mil recuperaram.

Além de 2.912 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

A OMS declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde confirmou os dois primeiros casos de infeção em Portugal, um homem de 60 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.

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