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Covid-19: Angola proíbe entrada de cidadãos provenientes de sete países

LUSA
02-03-2020 16:33h

Cidadãos provenientes da China, Coreia do Sul, Itália, Irão, Nigéria, Egipto e Argélia estão proibidos, a partir de terça-feira, de entrar em território angolano, enquanto durar a epidemia do novo coronavírus, confirmou a Lusa junto do Ministério da Saúde.

O despacho do gabinete da ministra da Saúde, Sílvia Lucuta, datado de 28 de fevereiro, circulou nas redes sociais durante o fim de semana, em paralelo com um outro documento, dando conta da imposição de quarentena para todos os viajantes provenientes daqueles países com "casos autóctones" do surto de Covid-19, mas só este foi validado oficialmente.

Uma fonte do Ministério da Saúde de Angola disse hoje à Lusa que “os dois documentos são verdadeiros e autênticos”, sendo o comunicado “dirigido aos órgãos de comunicação social” enquanto o despacho ministerial visa dar orientações às instituições e entidades que trabalham nos principais pontos de entrada do país.

O despacho da ministra avisa as companhias transportadoras da obrigatoriedade de informar os viajantes, sendo responsabilizadas “pelo repatriamento imediato” dos mesmos, com os encargos inerentes, se não cumprirem as orientações.

Não foi possível esclarecer até ao momento quais os cidadãos a quem será aplicada a quarentena e quais os que serão proibidos de entrar.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro de 2019, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.000 mortos e infetou mais de 87 mil pessoas, de acordo com dados reportados por 60 países.

No continente africano foram identificados apenas três casos de infeções, no Egito, na Nigéria e na Argélia.

Das pessoas infetadas, mais de 41 mil recuperaram.

Além de 2.873 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.

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