A Câmara da Maia apresentou hoje um programa de saúde de “referencia a nível nacional” feito “a pensar no bem-estar” da população com idade superior a 60 anos que pretende “promover o envelhecimento ativo e combater o isolamento”.
O Programa Municipal de Saúde Sénior 60+ está dividido em várias áreas, desde o treino cognitivo, saúde oral, prevenção de quedas e primeiros socorros, otorrinolaringologista e saúde mental, e destina-se à população daquele concelho do distrito do Porto com mais de 60 anos que frequenta as Estruturas Residenciais Para Pessoas Idosas (ERPI) e os centros de dia do município.
Desenvolvido em parceria com a Universidade da Maia, aquele programa prevê a realização de ‘workshops’, um concerto, encontros, a celebração do Dia Internacional do Idoso e o I Encontro Internacional de Saúde Mental.
“Este é um programa municipal de referência a nível nacional, pela sua abrangência e diversidade de projetos. É um programa que assenta nos objetivos de promover o envelhecimento ativo, de combater o isolamento, a pensar na saúde e bem-estar da população idosa”, explicou a vice-presidente da autarquia e vereadora da Saúde, Emília Santos.
Quanto ao programa em si, tem no eixo do Trabalho Cognitivo, segundo informação veiculada pela autarquia, a “intervenção precoce”, prevenindo “o desenvolvimento de indivíduos dependentes”, e pretende “estimular, preservar e melhorar o desempenho das funções cognitivas dos idosos” como a memória, a atenção, o raciocínio, a capacidade de resolução de problemas, entre outras.
No eixo da Saúde Oral, o objetivo é “promover as boas práticas diárias da higienização oral, desde a escovagem dos dentes aos cuidados a ter com as próteses dentárias”, tendo em conta que “com o envelhecimento, aumentam os riscos das cáries, da doença periodontal (gengivas), perda de dentes, alterações da cavidade oral (mastigação) e desgaste dentário”, entre outras complicações.
Com este programa, a autarquia quer “dotar os seniores de conhecimento e ajudas técnicas que possam facilitar a locomoção, alertar para as barreiras físicas, munir o sénior de conceitos básicos de primeiros socorros”, uma vez que “a queda no sénior é o acidente doméstico mais frequente e a principal causa de morte acidental na população com idade superior a 65 anos”.
No âmbito da Otorrinolaringologia, o objetivo é “verificar a qualidade auditiva” daquela população e “avaliar o impacto e o grau da perda auditiva”, estando previstos rastreios auditivos entre fevereiro e maio.
A Saúde Mental é outra das áreas abordadas, salientando a autarquia que “saber como cuidar da saúde mental dos seniores envolve intervenções específicas” vocacionadas para identificar e combater a “perda da autonomia, a solidão, o medo”, bem como “outras limitações”, que “interferem negativamente e geram problemas como fobias e insónia crónica”.
O projeto quer também “incentivar e promover hábitos de alimentação saudável e contribuir para a diversificação de refeições saudáveis”, promovendo ‘workshops’ na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto.
De salientar ainda a promoção do I Encontro Internacional de Saúde Mental, a realizar em novembro, que pretende “criar espaço de partilha, discussão e reflexão” de experiências e de conhecimentos no âmbito da saúde mental sénior.
“O município da Maia tem desenvolvido um conjunto de políticas direcionadas a todos os munícipes, com especial atenção à comunidade sénior. O Programa Municipal de Saúde Sénior 60+ 2023 inscreve-se nessa estratégia, reforçando a Maia como uma cidade amiga das pessoas idosas e uma cidade feliz”, afirmou na apresentação o presidente da Câmara da Maia, António Silva Tiago.