O ministro da Saúde moçambicano, Armindo Tiago, inaugurou o primeiro laboratório de saúde pública em Tete, no centro do país, província com casos confirmados de poliomielite.
O edifício, inaugurado na quarta-feira, está equipado com “tecnologia de PCR em tempo real, para a deteção de microrganismos causadores de doenças”, refere o Instituto Nacional de Saúde (INS) de Moçambique, na sua página.
“Esta infraestrutura vai permitir a introdução, na província de Tete, do diagnóstico especializado de outras doenças relevantes no contexto epidémico local e nacional, com ênfase para as doenças infecciosas endémicas, epidémicas e emergentes”, referiu Armindo Tiago, citado pelo INS.
O laboratório, construído com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), tem capacidade para processar cerca de 400 amostras por dia.
Pelo menos oito casos de poliomielite foram diagnosticados em Tete, segundo o serviço provincial de Saúde.
Desde 1992 que a doença não era detetada em Moçambique e surgiu em maio, na província de Tete, depois de eclodir no vizinho Maláui, dois meses antes.
Segundo o ministro da Saúde, foram também formados técnicos de laboratório nas áreas de biologia molecular, biossegurança e bioproteção em Tete, o que aumenta o número de profissionais de saúde “qualificados” na província para realizar “diagnósticos no âmbito da saúde pública, atenção médica e investigação científica”.
De acordo com o INS, Moçambique tem laboratórios de saúde pública em quatro províncias, nomeadamente Cabo Delgado, Nampula, Sofala e Inhambane.
A poliomielite é uma doença infecciosa sem cura que afeta sobretudo as crianças com menos de 5 anos e que só pode ser prevenida com a vacina. Em alguns casos, pode provocar paralisia de membros.