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Setores privado e social podem ajudar o SNS a reduzir listas de espera por médico de família

Canal S+/ ALS
31-03-2022 16:40h

A Ordem dos Médicos avançou no programa Corpo Clínico, que é preciso alterar a forma como o Serviço Nacional de Saúde está a funcionar. Estabelecer uma parceria transitória com os setores privado e social é um dos caminho apontados.

Sem um SNS competitivo, não vai ser possível captar jovens talentos e travar a fuga de profissionais para o setor privado.

Quem o diz é Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos, que acusa o SNS de funcionar da mesma forma há 42 anos, preso à burocracia e a uma pesada máquina administrativa.

No caso concreto dos médicos de medicina geral e familiar, há nesta altura cerca de um milhão e duzentas mil pessoas sem clínico atribuído e, apesar dos concursos recentes, as vagas ficam por preencher.

Segundo o bastonário, uma das soluções passa por retirar tarefas administrativas e burocráticas aos médicos de família e hospitalares.

Segundo Miguel Guimarães, neste momento estão fora do SNS cerca de 1700 médicos a trabalhar nos sectores privado e social, e bastariam 600 para que todos os utentes tivessem acesso a médico de família.

Segundo o bastonário, alguns foram sondados pela Ordem e revelaram-se disponíveis para aceitar uma lista de utentes do SNS.

A medicina geral e familiar é uma aposta essencial, em que todos ganham.

Com um melhor acompanhamento dos utentes e mais foco na prevenção de doenças, Miguel Guimarães, destaca que até o SNS que se tornará mais sustentável.

O programa Corpo Clínico desta semana analisa a falta de médicos de família e baixa retenção destes profissionais no Serviço Nacional de Saúde, pode ser visto na secção de programas no site do Canal S+.

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