A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda anunciou hoje que o processo para lançamento do concurso público de requalificação do ‘pavilhão 5’ do hospital local está “em fase de conclusão”.
“O processo para o lançamento do concurso público para a elaboração do projeto de execução para a requalificação do ‘pavilhão 5’ do Hospital Dr. Sousa Martins, que permitirá acolher o Departamento da Saúde da Criança e da Mulher da ULS da Guarda, está já em fase de conclusão”, refere a ULS em comunicado enviado à agência Lusa.
Segundo a nota, aquela entidade está neste momento a ultimar o “caderno de encargos” do projeto e “o pedido à tutela de autorização formal de investimento nacional”.
“O programa funcional da requalificação do denominado ´pavilhão 5’ foi já validado tecnicamente pela Administração Regional de Saúde do Centro e pela Administração Central do Sistema de Saúde”, conclui a ULS/Guarda, que gere o Hospital Sousa Martins (HSM).
No edifício do hospital da Guarda, conhecido localmente por ‘pavilhão 5’, funcionaram as urgências até à abertura do novo bloco, em 2014.
A requalificação do imóvel está incluída nas obras da denominada segunda fase do HSM.
O assunto tem preocupado políticos dos vários quadrantes, autarcas e movimentos de cidadãos.
Em junho de 2017, a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda anunciou que a candidatura das obras de requalificação do edifício 5 do HSM a fundos comunitários não tinha sido aprovada, o que obrigava ao adiamento das obras.
Segundo uma nota enviada na ocasião pela ULS/Guarda, a candidatura da obra de requalificação do edifício 5 do HSM, para a instalação do Departamento de Saúde da Criança e da Mulher, foi indeferida pela Comissão Diretiva do Programa Operacional do Centro, por não terem sido cumpridos os "critérios de elegibilidade da operação e do beneficiário previstos no artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 159/2014, de 27 de outubro e no Aviso de Concurso".
A "falta de grau de maturidade do investimento a candidatar, comprovado através da apresentação do projeto de execução da empreitada aprovado pelo Conselho de Administração" da ULS e a "falta de sustentabilidade económico-financeira, assegurada após concessão do apoio", foram também motivos que estiveram na origem da rejeição da candidatura apresentada a fundos europeus.
Em setembro de 2019, durante a campanha para as eleições legislativas, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, assumiu o compromisso de “descongelar” a segunda fase do hospital da Guarda e de “arrancar” com a obra que é desejada há vários anos pela população.
“E porque queremos que quem cá viva [no interior do país], tenha tão boas condições de vida aqui como quem vive nos grandes centros urbanos do litoral, [é] que nós assumimos o compromisso de descongelar a segunda fase do hospital da Guarda e arrancar com essa obra que é fundamental para o futuro desta cidade”, afirmou.